Ano novo, erro velho
Lembro como se fosse hoje, muito embora com apenas oito anos de idade: Copa de 82, Brasil x Itália. Apenas o empate bastava para a continuidade da seleção “canarinho”. Toninho Cerezo dá um passe no meio campo, que é interceptado quase no círculo central pela Itália, armando o contra-ataque que culmina no gol de Paolo Rossi, decretando a vitória “Azurra” que, mais tarde, tornaria-se campeã daquele torneio.
O mundo dá voltas e o mesmo Toninho Cerezo, em 93, ajudava o São Paulo a ser campeão do mundo, frente ao Milan. E, atualmente, o mesmo é técnico de futebol no Japão (!!), estando praticamente acertada sua contratação pelo Clube Atlético Paranaense, conforme amplamente noticiado pela imprensa.
Não é o caso de se questionar algo que ainda não aconteceu, especialmente a contratação, mas, sim, invocar o torcedor atleticano para uma reflexão: por que cargas d’água todo início de ano temos que nos surpreender com nomes inexpressivos (no quesito “técnico de futebol”) vindo treinar o Furacão? Artur Neto, Heriberto Cunha, Casemiro Mior, Edino Nascimento…e depois correr atrás de treinadores mais tarimbados? Planejamento? Economia? “Cereja do Bolo”??
Por que trocar um treinador que fez um excelente trabalho na reta final do brasileiro para apostar em outro “talento desconhecido”??? Planejamento?? Acerto financeiro?? São perguntas que ficam sem resposta, na medida que a política diretiva do Clube Atlético Paranaense não nos permite, comezinhos torcedores, saber realmente o que ocorre.
Insisto: Trata-se de uma reflexão que gostaria de dividir com a massa atleticana e, quem sabe, dentro do nosso universo de torcedores alguém tenha uma resposta plausível e convincente para dividir com todos os demais rubro-negros indignados com esse “planejamento”, ou seja lá o nome que querem dar a isso…
Ano novo, porém o erro e suas nefastas consequências todos nós conhecemos…