Meus amigos, hoje é dia de rever o Gabiru. Não fosse para rever nosso amado rubro-negro, vice-campeão das Américas, só a expectativa da presença desse alagoano, mirrado, simples, mas de um pulmão de aço, bastaria para nos levar à Arena.

Já escrevi uma vez sobre o nosso personagem. Perguntado por um de meus filhos sobre quem tinha sido o melhor jogador em campo, respondi simplesmente o seguinte: “meu filho, quando o Gabiru estiver jogando, sempre será o melhor em campo”. Talvez tenha sido um exagero, próprio de minhas afirmações quando me refiro ao Furacão. Para mim, sempre nossos jogadores são os melhores, e quando deixam o nosso clube, para tentar outras aventuras, meu conceito sobre eles também muda.

Mas ainda me recordo das atuações do Gabiru, em especial naquelas maravilhosas quatro partidas finais do Campeonato Brasileiro de 2001, quando conquistamos a tão sonhada e invejada estrela amarela.

Pulmão de aço, que levou a um comentário de meu irmão: “O Gabiru deveria ser objeto de estudo do Paulo Boscardim, meu compadre, conceituado médico pneumologista. É impressionante como não pára de correr.”

Iron Lung, se fosse mais sofisticado, como não é, pelo contrário, o apelido certo é Pulmão de Aço, nossas atenções se voltam para você no dia de hoje.

Teu receio, e teu comentário, que li nos jornais: “Não sei se vão me vaiar, ou me aplaudir”, mostram a tua simplicidade. Gabiru, é claro que vamos aplaudi-lo, na verdade temos que prestar nossas homenagens à tua garra e dedicação que mostrou nesses anos todos que jogou pelo nosso Furacão.

Pense um pouco, Gabiru, reflita sobre teu futuro, e quem sabe, resolva ficar por mais uns anos conosco, que estaremos retribuindo teu esforço, se Deus quiser, achando que você sempre será o melhor em campo.