“Candidato não. Eleito.” Frase do jornalista Juca Kfouri em seu blog, onde compara Mário Celso Petraglia à Eurico Miranda.

Que semana essa, hein? Quando toda imprensa parece diagnosticar um doente em fase terminal, em que tudo está errado, onde até o renomado jornalista Juca Kfouri resolveu dar o ar de sua graça e ter o seu momento de “Milton Neves da Paulicéia Desvairada”, comparando Mário Celso Petraglia à Eurico Miranda (chamou-o de “Eurico das Araucárias”) em seu Blog www.blogdojuca.blog.uol.com.br, ainda assim, estou otimista.

Não que tudo esteja uma maravilha. Ao contrário. O Atletico é um dos poucos clubes brasileiros onde a crise é permanente. Ela sempre está ali, onde menos se espera e aparece no pior momento, como na fuga do técnico Matthäuss que desmotivou o elenco, a comissão técnica e os torcedores em geral e ainda nos fez perder o bi-campeonato estadual. Poderíamos aqui citar inúmeras crises vividas pelo Furacão. Quando não são exógenas (originadas de fora), são endógenas, ou seja, o próprio Clube trata de cultivá-las, como no caso da briga com a torcida e as proibições ao livre trabalho da imprensa.
Assim como milhares de torcedores que acompanham diariamente os noticiários em busca de informações sobre o Clube, não consigo esconder minha decepção com as proibições que vem sendo constantemente implantadas no Atlético. Cada vez mais o Clube se parece com uma entidade privada, que atende a interesses particulares.

Mas, tudo tem limites. Nossos dirigentes acumulam mais acertos que erros nesta jornada e transformaram o Atlético num dos maiores Clubes de Futebol do Brasil. E aí não falo de títulos, pois eles virão em maior quantidade, ao natural e muito em breve. Falo de uma nova filosofia de trabalho. Da implantação de métodos e idéias que revolucionaram o Clube e o futebol paranaense. Viramos “modelo” de tudo para todos. Nada é mais importante que isso, haja vista a situação vivida pelos clubes brasileiros, afundados em dívidas e mantenedores do “status qüo” vigente. O Atlético hoje é muito maior que qualquer dirigente ou qualquer jogador. O Clube vive um momento único e colhe os frutos de um planejamento que nenhum outro clube no Brasil ousou fazer. Isso eles não aceitam. Isso eles não suportam. No fundo, gostariam de assistir aos jogos dos seus times em estádios modernos como o nosso, sentados em cadeiras confortáveis, cobertas, com banheiros dignos e principalmente limpos.

Ao comparar Petraglia a Eurico Miranda, Juca kfouri cometeu uma grande injustiça. Dessas que não fazem parte do seu histórico como jornalista.