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18 jul 2006 - 13h53

Livres para escolher, escravos das conseqüências

O assunto está sendo martelado insistentemente pela mídia, mas sempre haverá espaço para mais uma “martelada” no caso Dagobnubilado, Malas & Ratazanas Ltda., versus a instituição de maior poder aglutinador de paixão verdadeira, quase doentia: o CLUBE ATLÉTICO PARANAENSE.

Vendo essas loucuras que estão ocorrendo no oriente, com mísseis “pipocando” nas casas de judeus, libaneses, iraquianos e de outros mais infelizes, que não têm a sorte de morar no Brasil, vendo essa crescente demonstração de irracionalidade e bestialidade humana, tento fixar um limite, tento descobrir até onde poderá ir a paixão humana, a paixão motivada pela religião e pelo confronto de etnias dessa animosidade que vem desde os relatos do Antigo Testamento.

O que tem isso a ver com o nosso espaço FALA ATLETICANO?

É de paixão que tento falar, de paixão doentia e de suas terríveis conseqüências. Sou contra atitudes terroristas, insanas. Quaisquer atitudes que possam atingir pessoas inocentes devem ser repudiadas, mas acredito também, que quaisquer atitudes impetradas contra a paixão de um povo, deve ser rechaçada, retaliada, e se possível, de forma inteligente. Não como Gandhi fez, passivo demais, mas também não como o grupo terrorista que está sitiado no sul do Líbano está fazendo. Logicamente, também não como Israel e os EUA estão fazendo. Ainda bem que não resido lá, ainda bem que meu bisavô libanês resolveu vir morar no Brasil. Mas, o quê isso tem a ver com o nosso espaço? Vamos lá!

Fico imaginando, cá comigo mesmo, como deverá ser a vida do Sr. Dagobnubilado em Curitiba, caso o desfecho desse imbróglio que o envolve contra os interesses do clube da Paixão Eterna lhe seja desfavorável, rumo mais provável dessa pendenga jurídica, por motivos óbvios e éticos.

Vai ser muito difícil para o Dagobnubilado desenvolver até as atividades normais do seu cotidiano. Toda vez que ele passar em algum local público, o pai olhará para o filhinho que o acompanha e comentará: “Olha, aquele menino ali, o Dagoberto, até que joga bem, mas não tem ética, é desprovido do sentimento mínimo de gratidão, agiu como um verdadeiro “nó-cego” (expressão muito usada no interior do Paraná, que quer dizer: dá nó até em pingo d’água) para com o clube da minha paixão verdadeira, o Clube Atlético Paranaense.

Talvez isso não seja muito grave, talvez até nem afete o menino obnubilado de Dois Vizinhos. Mas, contra os interesses da família Ratinho no Estado do Paraná, politicamente falando, o caso é muito grave, é extremamente grave.

Poderia dizer que a família da Paixão Eterna está somente aguardando o desenlace dessa batalha suja – mais suja ainda porque tem “bambi” na parada -, para iniciar o envio dos mísseis de grande poder de destruição de carreiras políticas.

Se até a poderosa “Venus Gelatinosa”, a Globo, curvou-se ante essa força, por quê, pequenos roedores, mesmo cheios de dinheiro não se curvariam também? Sinceramente, não gostaria de ser alvo desses mísseis, não gostaria de ser tema de uma ação retaliatória de tamanha magnitude e seus efeitos avassaladores.

Não gostaria de ser eleito “Persona non Grata” pela Nação Atleticana. Mas, cada um é dono do seu próprio nariz, cada um responderá pelos seus atos, cada um agirá pela sua própria consciência, mas nunca deverá esquecer: “SOMOS LIVRES PARA ESCOLHER, MAS ESCRAVOS, REFÉNS DAS CONSEQUÊNCIAS DA NOSSA PRÓPRIA ESCOLHA”!

Sinceramente, gostaria que o Sr. Dagoberto fosse embora, que ele não vestisse mais o nosso manto sagrado, mas que retribuísse MATERIALMENTE, todo o amor que lhe foi dado GRATUITAMENTE, pelos verdadeiros donos do CLUBE ATLÉTICO PARANAENSE, os portadores dessa paixão doentia dentre os quais eu me incluo.



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