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5 dez 2006 - 8h59

Que Deus nos ilumine

Já o técnico Oswaldo Alvarez disse ter ficado lisonjeado com a opção da diretoria. “Mais uma vez tenho o privilégio e mais uma vez tenho a confiança do Atlético para realizar meu trabalho. Agora, em virtude do que fizemos no Brasileiro e conhecendo o plantel, teremos mais condições de realizar o trabalho e organizar o time para um ano melhor”, encerrou o treinador atleticano.

Vou torcer muito pelo Vadão e espero estar totalmente errado com o que diz a “ponta do meu nariz”, porque o Vadão não era o técnico que eu gostaria de ver no comando do Atlético em 2007. Seu principal trunfo no ano de 2006 foi nos salvar do rebaixamento (auxiliado pela mediocridade de Palmeiras, Juventude, Fluminense, São Caetano e Ponte Preta) e a inesperada campanha na Sulamericana. Seu brilho durou cerca de um mês nas vitórias contra Paraná, Fortaleza, Vasco, River e Nacional e nada mais. Terminou o ano em franca decadência a frente de um plantel de pouca qualidade, reconheço, amargando oito jogos consecutivos sem uma vitória sequer, perdendo em casa para o time reserva do Corinthians. A opção da Diretoria deve ter fortes razões para resolver manter o técnico à frente da direção do time para o próximo ano, mas sinceramente, não vejo no Vadão características que se identifiquem com o estilo guerreiro, raça, vibração e “gana de vencer.”

Vadão de braços cruzados ou mão no queixo é o estilo de treinador para outras “outras agremiações.” As vezes “alheio ao jogo” ou desacreditando do potencial que tinha em mãos, o retrato que ficou registrado do Vadão 2006, para mim, foi a de um comandante sem rumo e sem norte. Sem coragem para arriscar ou demonstrando incoerência quando deixou jogadores que vinham sendo aproveitados (Marcelo Silva e Válber, por exemplo) de fora até do banco de reservas em jogo importante da Sulamericana ou discursando a favor do insurgente e ex-promissora revelação de nosso clube, do qual desdenhou sem dó, Vadão não merece meu entusiasmo e meu apoio para 2007. Mas nem por isso torcerei contra ele, que seria torcer contra o Atlético. Espero, sinceramente, que ele me desminta e que tenha um ano totalmente diferente deste 2006, melancólico para nossas pretensões e aspirações e que as vitórias e o sucesso reapareçam. Mas confesso, vou pedir que Deus nos ilumine, porque senão 2007, antevejo, será uma nova frustração para a nação rubro-negra.



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