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17 jan 2007 - 0h37

Deu no que deu

É mais fácil lidar com dez Romarios, dez Marcelinhos cariocas, e mais dez prostitutas de beira de estrada, todos juntos, que lidar com o menino de cabelo espetado chamado Dagoberto, definido muito bem como escroque pelo Juliano Ribas.

Esses Romarios, Marcelinhos cariocas e prostitutas de beira de estrada são o que são, não escondem o que são, são mais honestos que o “batateiro” de Dois Vizinhos. Essa atitude dele de procurar a imprensa e fazer um comunicado para incendiar o ambiente foi demais para o meu estômago. Estou enojado.

Imagino a paciência do Sr. Mario Celso Petraglia desde o início das negociações com esse escroque e seus padrinhos roedores. Acho que o controle emocional do nosso presidente foi longe, foi além da normalidade. Fosse eu, há muito tempo teria perdido a paciência e teria partido para uma ação mais agressiva. Não sei qual seria a minha reação se eu visse esse filhote de rato com o cabelo espetado em minha frente num corredor de supermercado ou em alguma festa. Como eu, milhares de torcedores atleticanos devem pensar assim. É bom que isso não aconteça.

Sonho um dia ver esse verme jogando contra o Atlético na Baixada, vestindo a camisa dos bambis, sendo marcado por um jogador Junior nosso, recém promovido, cheio de vontade, e esse nosso Junior acabando com ele na partida, não deixando ele jogar nada. Quando faltassem apenas dois minutos para acabar a partida, nós ganhando com mais de três gols de diferença, nosso menino desse “uma no meio”, deixando-o no estaleiro por mais uns três anos. Aliás, eu até já sonhei com isso.

Que me perdoem os que pensam diferente, mas a atitude dos atleticanos no Xingu foi espetacular. A forma como a nossa torcida se portou foi fantástica. Quantos de nós não gostaríamos de ter o privilégio que o Sr. Petraglia tem de poder falar todo dia com esse bambi? Todo dia eu queria xingar esse mercenário, mas não posso, não tenho acesso a ele. Onde poderia encontrá-lo? Na Avenida Iguaçu onde os ratinhos moram? Não chegaria além da portaria. No bairro onde a mãe do Dagoberto mora? Não dá, ela como mãe não mereceria. No ônibus? Não dá, porque ele não anda de ônibus (não é louco). Enfim, seria muito difícil encontrar esse bambi.

O Sr. Mario Celso Petraglia fez o que todo atleticano que tem “saco roxo” e sangue nas veias faria. Pena que não pôde fazer mais, não pôde ser mais agressivo, não pôde partir para atitudes mais contundentes, porque o Petraglia sabe que é isso que o escroque está querendo que o Petraglia faça. No fundo, ele está querendo levar umas “bimbas” na cara para se dizer impossibilitado de exercer sua profissão.

Quem escolheu esse caminho foi ele mesmo, quem plantou o que está colhendo foi ele mesmo.

Vendo o contrato leonino que o pobre menino Oldoni e o Dagoberto fizeram, fico imaginando em quais situações ele assinaria um contrato desse jeito. Penso que no começo, a atração principal era o Ratinho, pai de um dos diretores. Faziam alguns agrados para o meninos, levavam-nos para São Paulo, apresentavam-nos a alguns cantores famosos, a algumas Marias-Chuteiras, algumas gostosonas, algumas modelos famosas, levavam-nos a algumas farrinhas, uma jogadinha de tênis no Graciosa, aulinhas de jet ski, penduricalhos de uma vida de glamour, e mais alguns outros agrados.

Lembro muito bem o dia em que o Dagoberto apareceu com seu new look, seu novo cabelinho espetado. Naquela ocasião fiz um comentário aqui em nosso espaço e no espaço do leitor no jornal Tribuna do Paraná. Ali eu previa uma mudança de comportamento desse menino, eu previa que ele havia ficado “mascarado” e estava indo para caminhos errados. Nessa ocasião, ele começou a elogiar a Massa Sports (bastante elogiada pela imprensa), dizia que era uma empresa especializada em cuidar das coisas dos atletas, como pagar as contas, reservar passagens, fazer as coisas do dia-a-dia do atleta, era como um office-boy de luxo. Nesse instante o menino de Dois Vizinhos, candidato a ídolo da maior e melhor torcida do Paraná, estava sendo modificado. De resto, uma série de contusões, operações, fisioterapias feitas de forma displicente, algumas expulsões, algumas farrinhas e “deu no que deu”.

Como na grande maioria, esses meninos visados são “capiaus”, o Ratinho tinha “café no bule”, tinha prestígio, andava com Daniel, Chitaozinho e Xororó, Zezé de Camargo e Luciano, algumas modelos famosas, o clima estava apropriado. Acontece que o Ratinho já não é mais o que era, embora ainda tenha café no bule, ainda há algum encanto, ainda conhece algumas mulheres do meio artístico, algumas interessantes, e só podia dar e “deu no que deu”.

Dinheiro compra tudo, menos caráter, dignidade. Pena que ações nefastas como essas encontram terrenos férteis nas cabecinhas mal construídas, deslumbradas e mercenárias como a do Dagoberto. Só podia dar e “deu no que deu”.

O prejuízo que a Massa Sports deu ao Dagoberto é incalculável. Não fossem eles, o Dagoberto teria defendido a seleção brasileira, hoje estaria na seleção brasileira, teria embolsado no mínimo uns 5 milhões de reais, sem atravessadores, e seria um ídolo da maior e melhor torcida do Brasil. Vendo o comentário do Pessoa sobre a Lei do Passe, chego a pensar que a senzala é a mesma, mudaram apenas os senhores de engenho, entraram os empresários, só que entraram com mais fome ainda. É uma pena que esses meninos estejam à mercê dessa gente inescrupulosa.

O nosso comandante Petraglia está certo. O “New Look” pode fazer tudo que os ratinhos lhe dizem para fazer, mas ninguém poderá impedir o Petraglia e outros atleticanos que tenham sangue nas veias, de ficarem putos da vida. Isso é a conseqüência, é o efeito bumerangue, “deu no que deu”.

Lembro muito bem que naquela época eu escrevi, eu dei um recado para o Dagoberto: “Somos livres para escolher, mas escravos, reféns, das consequências das nossas escolhas”. Como diria o povão, aquele que não dá muita importância à língua culta: “Vai te catar, vai se f., apronta um monte e ainda quer a gente bata palmas? Não joga nada e ainda quer massagem”?

O Petraglia está certo, ele também tem o direito de agir como torcedor, embora ele seja um dirigente. Somos humanos e ninguém agüenta tanta sacanagem e ingratidão como a que esse escroque está fazendo. Hoje, a unanimidade é que esse ex-ídolo não vale o excremento que expele.

Sou da opinião que o Atlético deve lutar com todas as suas forças para anexar o prazo restante, o prazo ainda em discussão no contrato. Alguém tem de colocar um freio e um cabresto nessa ratarada e também nesses imbecis, nesses idiotas que assinam contrato e pensam que podem anulá-lo depois com atitudes rasteiras. Nota 10 ao nosso Departamento Jurídico e Nota 10 ao Sr. Petraglia por terem agido assim, representando a nossa legítima vontade.

Quanto ao Dagoberto, pode ficar tranqüilo, poderemos no encontrar em qualquer corredor supermercado, porque eu tenho filhos para criar e respeito muito as leis vigentes em nosso país.



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