25 fev 2007 - 19h14

Vadão comemora vitória, mas faz ressalvas

Nem a goleada por 4 a 1 sobre o Engenheiro Beltrão satisfez o técnico Vadão, que não gostou do desperdício de gols da equipe atleticana e das cobranças da torcida dirigida aos laterais Michel e Jancarlos. “A gente não pode exigir do torcedor porque ele age com o coração e às vezes se esquece fácil de algumas coisas. No ano passado quando chegamos aqui a situação estava difícil, o time estava beirando à zona de rebaixamento e nós acertamos o time quando o Michel entrou na esquerda. Ele não esqueceu de jogar futebol, ele está atravessando um momento de instabilidade, mas não penso em mudanças. Não tenho preocupações com o Jancarlos também, pois ele pode não ter sido feliz hoje, mas vem jogando bem”, destacou.

Além disso, o comandante atleticano afirmou que a equipe pouco mudou, pois continua criando muitas oportunidades de gol, porém, pecando na finalização das jogadas. Em contrapartida, a defesa foi elogiada pelo treinador, mesmo citando que ela tocou a bola “em demasia” e fez questão de esclarecer que a preocupação é com a maneira que o time vem sofrendo os gols.

Por fim, o técnico acredita na classificação atleticana para a próxima fase do certame, onde, para ele, a equipe precisa de seis pontos. “Mas é óbvio que vamos tentar somar o maior número de pontos porque temos condições para isso.”

Confira as declarações do treinador à imprensa:

O JOGO
“O Atlético só criou as possibilidades porque nós as tivemos e porque jogamos. Tivemos paciência para rolar a bola e explorar as laterais. No primeiro tempo poderíamos ter feito mais gols, não gostei dos primeiros 15 minutos. Depois nos acertamos, fizemos mais dois gols e conseguimos a vitória”.

CRIAÇÃO
“Com as duas formações, a equipe vinha criando situações para vencer. Se você analisar o jogo contra a Adap, criamos muitas chances, contra o Coritiba também, então foi uma coincidência em relação à formação da equipe porque ela vinha criando para vencer. Criamos muitas situações para vencer o Coritiba até, diria, com uma certa tranqüilidade, assim como foi contra a Adap. Então criamos bastante nas duas situações, mas não convertemos, como aconteceu hoje no primeiro tempo. Tivemos umas cinco chances e poderíamos ter um resultado ainda melhor no primeiro tempo, com o Evandro entrando bem, a equipe criou muitas situações, como vêm acontecendo em todos os jogos”.

MICHEL
“A gente não pode exigir do torcedor porque ele é torcedor e age com o coração, às vezes se esquece fácil de algumas coisas. No ano passado quando chegamos aqui a situação estava difícil, o time estava beirando à zona de rebaixamento e nós acertamos o time quando o Michel entrou na esquerda, pois o Ivan e o Moreno não foram bem. E mesmo antes da minha chegada aqui foi com o Michel que a equipe teve um crescimento e tivemos uma boa campanha na Copa Sul-Americana. Ele não esqueceu de jogar futebol, está atravessando um momento de instabilidade, claro que se continuar teremos que rever isso, mas por enquanto não penso em mudanças. É cedo para falar alguma coisa”.

GOLS SOFRIDOS
“Se analisarmos o gol que sofremos hoje, a bola era nossa, estávamos retendo a bola. E eu digo que precisamos retê-la no campo do adversário. Porque se a equipe perder a bola, tem mais espaços para se recuperar. Fomos tocar a bola em demasia na defesa e sofremos o gol. Acho que devemos nos preocupar com a maneira que estamos tomando os gols, mas em geral a nossa defesa tem se postado bem”.

JANCARLOS
“Não tenho preocupações com o Jancarlos. Hoje ele pode não ter sido feliz, mas ele vem jogando bem. O Nei é jovem, tem muita força e se identifica muito com o estilo do Atlético, de ser jogador fogoso, mas o Jancarlos é um bom jogador”.

ACOMODAÇÂO E CLASSIFICAÇÃO
“Nós nos acomodamos depois dos 15 primeiros minutos onde eles começaram melhor, mas retomamos o jogo e fizemos dois gols. Não podemos vacilar. Entramos para matar o jogo contra o Coxim e matamos. Imagina se lá tivéssemos sofrido dois gols antes de termos feito os quatro, então temos sempre que estar nos reciclando em cima disso. É lógico que às vezes acontece uma acomodação, é natural. Para nos classificarmos precisamos de seis pontos. Mas é óbvio que vamos tentar somar o maior número de pontos porque temos condições para isso.”



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