Interessante notar como a palavra “torcedor” remete logo a “espectador”. Você torce, ou seja, você olha o jogo e expressa suas emoções. Na língua mãe do futebol, torcedores são conhecidos como “supporters”, ou seja, aqueles que sustentam o time. Assim também é na língua italiana, onde a palavra “sostenere” também possui semelhante significado. Em espanhol, o torcedor é o “hincha”, ou seja, aquele que se infla com o time, que deixa-se tomar fisicamente pelas emoções.

É muito mais que um jogo, é uma disputa. E essa disputa ninguém vai para assistir. Vai para ajudar, vai para fazer parte de uma batalha onde a sua própria representatividade está em jogo. E é isso que falta ao torcedor brasileiro. Falta um motivo para ir ao jogo além do espetáculo, falta entender o porquê ele precisa estar ali e falta perceber que o que está em jogo vai muito além do entretenimento.

O Furacão é capaz de após uma derrota humilhante, pegar a camisa no armário e sair às ruas mesmo sendo alvo de piadas. Isso porque o Furacão não representa apenas um time, e sim uma nação e, tal qual em uma guerra um cidadão não renega um país.

O Furacão é apoiado na derrota, pois os obstáculos engrandecem seu sentimento de nacionalismo e que me perdoem os que têm apenas títulos. Claro que são importantes, mas o Furacão tem algo que os outros nunca terão. Tem paixão. Tem amor!

Por isso, mais do que nunca, precisamos apoiar o time amanhã na Baixada, pois o maior patrimônio de um clube é a força de sua torcida. Torcer na glória é fácil, apoiar nas dificuldades é o segredo para o time reagir.

Nesta quinta-feira, todos os caminhos levarão à Arena. Leve seu espírito guerreiro, sua emoção e faça parte desta grande virada. Não sou eu quem fará a diferença, também não será você. Seremos todos nós, em uma só voz, em uma só direção. O Atlético precisa de todos nós. Força Furacão, contigo sempre estarei!