Medo da triste rotina
Sábado, dia bonito, sol, menos frio, e eu aqui no escritório para organizar e por em dia meu trabalho. Que bom que tenho trabalho. Então resolvi visitar o Furacao.com, e ler o que meus companheiros de infortúnio estão pensando. Sim, infortúnio, já que ser atleticano virou motivo de tristeza, decepção, e porque não dizer depressão, já que há tempo viramos meros coadjuvantes nas competições, e infelizmente não há perspectiva de que a coisa irá melhorar, pois a tendência é piorar. Não, nunca fui pessimista, nunca fui medroso, no entanto é fato, que estão acabando com a nossa alegria. Aquela alegria de torcer, gritar, pular, comemorar mais uma vitória, enquanto aguardavamos a próxima. Nossa rotina hoje é outra. Pois é, e lendo meus companheiros, vi que não estou sozinho, já que quase todos os comentários são de torcedores desanimados, tristes, e como eu, com medo do próximo jogo, com medo da nossa rotina. E o que mais nos entristece, é não vermos solução, não sabermos o que fazer, já que estão matando nosso Atlético, e com ele, estão matando uma parte de nós. Bem, enquanto ainda vive, ou sobrevive, mesmo que respirando com dificuldade, já que é visível a falência múltipla de órgãos, pois nosso corpo de “atletas” tem seus órgãos vitais atendendo pelo nome de Danilo, Jancarlo, Bahia, Erandir, Leonardo, …. E dizem que hoje será a última participação do pulmão Alex, ou seja, deixaremos de respirar naturalmente. E vejam que este corpo, é comandado pelo cérebro Vadão. Socorro. E como dizia aquele personagem do Jô Soares, “tira o tubo”. Minha esperança é que outro dia assisti o adversário desta tarde, e também vi a escalação do time deles, outro morto que não assusta ninguém. Assim, aguardo o horário do jogo, para sentar no sofá, e torcer, talvez rezar, sabendo que mais 90 minutos de terror nos aguardam, e embora não tenho medo do adversário, sei que o perigo é aquele que um dia foi nosso time. Socorro, estou com medo de nossa triste rotina.