9 jun 2007 - 16h24

Força, Sicupira!

Maior artilheiro da história do Atlético, Barcímio Sicupira Júnior está se recuperando de uma cirurgia no coração. Segundo informações do jornal Tribuna do Paraná, o ex-jogador e atualmente comentarista da Rádio Banda B, parceira da Furacao.com, e da CNT, recebeu três pontes de safena e, agora, está em tempo de recuperação. O procedimento foi realizado pelo cardiologista Costantino Costantini, o mesmo que atendeu o atacante Washington.

A história de Sicupira no Atlético pode ser resumida em gols, muitos gols. Foram oito anos vestindo a camisa Rubro-negra e 154 gols marcados, até hoje o maior artilheiro da história do clube. Sicupira jogou no clube de 1968 a 1976 e conquistou o título de Campeão Paranaense em 1970.

Mas para a torcida atleticana, ele sempre será lembrado como “o craque da 8”. Afinal, foi com a camisa número 8 do Furacão que Sicupira viveu dias de glória no futebol paranaense e brasileiro, sabendo o que é ser goleador e ídolo de uma fanática e apaixonada torcida.

Hoje, a Furacao.com e toda a torcida atleticana se une em mais uma torcida por Sicupira. Neste momento de recuperação, nos unimos em orações e pensamentos positivos para que o nosso eterno craque da 8 muito em breve possa retomar suas atividades profissionais e novamente poder trabalhar (na função de comentarista) dentro da Baixada. A sua casa, desde sempre!

Sicupira: o craque da 8

"O craque da 8". É assim que muitos atleticanos resumem a trajetória de Sicupira no rubro-negro. Como se ele houvesse sido o único jogador a ter vestido essa camisa. O eterno dono da camisa número 8. E não é por acaso. Em oito anos de Atlético, Sicupira marcou 154 gols, tornando-se o maior artilheiro da história do clube. A partir do momento em que vestiu as cores rubro-negras, deixou a sina de que o craque do time seria o dono da 8.

Barcímio Sicupira Júnior passou a infância dentro da Baixada, participando de torneios amadores promovidos pelo Atlético. Porém, por influência paterna, afastou-se do clube, iniciando a carreira profissional no Ferroviário. Em 64, foi jogar no Botafogo, no super-time que contava com estrelas como Garrincha, Didi, Zagalo e Nilton Santos. E, convivendo com tantos craques do futebol brasileiro, Sicupira foi logo aprendendo as lições e os atalhos para se consagrar como um dos maiores jogadores da história do Atlético.

Em 1966, transferiu-se para o Botafogo de Ribeirão Preto. Dois anos depois, um médico torcedor do Coritiba fez o convite para que ele voltasse para a capital paranaense. A proposta tentadora motivou o jogador. Mas, como o grupo coxa-branca estava muito envolvido com a disputa do Torneio Roberto Gomes Pedrosa, não deu importância ao projeto de craque. Certamente, arrependeram-se anos depois…

Seu passe acabou sendo adquirido pelo atleticano Airton Araújo, que o doou para o clube. Com a camisa atleticana, Sicupira viveu a glória no esporte. Acostumado aos grandes times, manteve a tradição integrando a "seleção" montada por Jofre Cabral e Silva, ao lado de Djalma Santos, Bellini, Zé Roberto, Nilson, Dorval. Um timaço.

Logo em sua estréia no Atlético, deu o cartão de visitas para o torcedor, deixando a certeza de que ali nascia um dos maiores craques da história do clube. Era o dia 2 de setembro de 1968, num jogo contra o São Paulo, na Vila Capanema. Sicupira marcou, de bicicleta, o primeiro dos 154 gols que marcaria com a camisa atleticana, garantindo o empate por 1 a 1. E essa foi apenas a primeira pirotécnica protagonizada por ele, especialista em fazer jogadas que chamavam atenção da torcida: gols de voleio, peixinho, calcanhar, bicicleta, sem-pulo, virada, de cabeça, perna direita, esquerda. Tudo parecia muito simples quando caía em seus pés.

Apesar dos muitos gols que marcou pelo Atlético, Sicupira conquistou apenas um título pelo clube, o Paranaense de 1970, quando marcou 20 gols e foi o artilheiro da competição. Em 72, repetiu a dose, marcando 29 gols e sagrando-se o principal goleador do Estado.

Naquele mesmo ano , o Atlético decidiu emprestar os gols do craque ao Corinthians, para a disputa do Campeonato Brasileiro. Retornou ao Furacão, onde encerrou a carreira em dezembro de 75. Depois que pendurou as chuteiras, decidiu exercer a profissão de professor de educação física. Em 78, teve uma meteórica passagem como treinador do Atlético, mas preferiu seguir a carreira de comentarista esportivo.

Por causa da profissão de cronista, Sicupira vive uma relação distante, apesar de muito próximo, do clube. Preferiu adotar a postura da imparcialidade do que a do comentarista-torcedor. Em 2003, foi homenageado pelo clube com o "Projeto Sicupira", que leva para diferentes regiões do Estado escolinhas de futebol para colher futuros craques atleticanos. Se as estrelas lapidadas seguirem os passos do padrinho do programa, certamente o futuro do Atlético será reservado por belas jogadas e gols espetaculares.

Sicupira foi eleito para integrar a Seleção dos 80 Anos do Atlético.



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