Ecos do passado
Depois do ano de 2005, sempre após assistir as partidas decisivas da Libertadores da América, um fato começou a se tornar corriqueiro.
À noite, uma névoa fantasmagórica, vem vagarosamente se esgueirando pelos cantos do quarto, sobe a cama e, de súbito, avança e interrompe aquele que seria o início de um reconfortante descanso após um longo dia.
A partir deste momento, um turbilhão de imagens e vozes misturam-se e condensam-se em indagações cíclicas, das quais se destaca: Porque não jogamos a final da Libertadores na Arena?.
Não quero dizer que se o Atlético tivesse jogado na Arena o resultado seria outro. Mas é esse se que impede a aceitação das coisas como elas aconteceram.
Tantas perguntas que se formam na mente que só posso me definir como um injustiçado atleticano ainda assombrado por um episódio mal explicado.
E caros atleticanos, é uma tortura reviver essa experiência. Um passado que não poderá nunca mais ser mudado, mas que não desgarra da alma rubro-negra e se nega a deixar de atormentá-la.
Contudo, sempre persiste a esperança de que algum dia, este algo que deveria ter acontecido vai ser concretizado e ecoará pelo templo, onde se escreve a história do futebol, a frase Até que enfim, justiça.