Depois da entrevista do todo poderoso, preferindo sequer citar o nome do mesmo, vejo que tal figura de revistas em quadrinhos não vive nesse mundo e sua passagem por um período de nosso Atlético é no mínimo efêmera, para não dizer “exótica”.

Que Deus tenha em bom lugar Jofre Cabral e Silva, este sim um verdadeiro atleticano, que chegou à mão de Deus por obra de sua paixão, o seu clube, o verdadeiro Atlético.

O atual, verdadeiro megalomaníaco, cheio de seguidores em diversas respostas já admite o rebaixamento; mais uma vez não explica nada; se acha o construtor de uma realidade atual, compatível com um sistema econômico que venera o ter e não o ser; tem planos de mudar marcas e achar que uma nova denominação iria trazer mais adeptos para nossa vibrante torcida.

Esquece que já somos a maior torcida do Estado e que, necessariamente, o Estado do Paraná tem conotações próprias, mesmo dentro da região Sul, e que foi colonizado em suas diversas regiões por paulistas, gaúchos, sem ter que se voltar à história dessa mesma colonização.

Tenta nos fazer crer, que a marca “PARANAENSE” seria mais feliz ou notória, apenas por expressarmos tal distinção, o que significa que o mesmo, seguindo orientações de algum “marketeiro”, que num exercício de futurologia deve ter lhe dito, enquanto dormia: “Atlético todos são, mas você é Paranaense….”

Sem entrar em questões de pura semântica e a força do vocábulo, algo está errado e muito errado. A administração é voltada para as condições do futuro, mas tem que guardar suas lembranças do passado, dentro de um processo que inclui o resgate de participações vencedoras que vão enaltecendo e fazendo surgir um processo de “publicização” da marca Atlético.

Mas, a algumas grandes conclusões, chegamos: 1) ele não torce pelo Atlético como deveria; 2) se julga o único que conseguiu dar ao CAP uma infra-estrutura (e nisso alguma certeza, claro), olvidando o passado e tantos outros que deram a sua vida pelo Atlético e tantas novas gerações que vibram e fazem crescer de forma vertiginosa nossa torcida; 3) é um homem (ou DEUS) que se julga além do certo e do errado; 4) tal qual o marketing americano, logo nosso clube irá chamar-se CAP HORSES, para poder vender e manipular material de venda, que cá entre nós é inacessível pelos preços praticados (que o diga os ingressos, seja no Brasileirâo ou em qualquer torneio de fim de semana); 5) na verdade, não esconde o risco que sente de cairmos; 6) que as negociações visam dinheiro apenas e que os projetos de parcerias, permutas e outros tantos são invisíveis aos olhos de qualquer ser mortal atleticano e não representam qualquer evidência de arrecadação; 7) que logo será candidato a algum posto político e se alia a quem possa oferecer mais, independente das transações que faça; 8) seu único objetivo, além de profissional relacionado com seus projetos pessoais, acabou vendo nisso tudo – CAP – uma grande chance mercadológica do mundo moderno, onde o futebol deixou de ser paixão para se tornar apenas um negócio de ocasião.

Enfim, a entrevista é uma lástima, um reconhecimento de culpa de sua fragilidade no campo do futebol e uma visão futurista para fazer da Arena (a tal da Kyocera) um verdadeiro oásis para alguns poucos abastados poderem ainda se divertir com algo chamado Futebol, talvez até esquecendo-se que existem, na cidade, a Vila Camargo, o Bairro Alto, Santa Felicidade e tantos outros bairros onde pequenos torcedores de baixa renda ainda sonham um dia conhecer a Arena.

Que Deus, na sua infinita sabedoria, nos livre desse ditador e propagandista do caos…E assim seja, amém.