Sou Atleticano dos que não se entregam, esculpido no cerne da antiga Baixada, pão com bife, Djalma Santos, Belini, Ziquita, Nelsinho, e tantos outros. Alguém se lembra?

Vinha das praias para assistir Atlético e Seleto de Paranaguá (jogão?) ou outros; comia o pão com bife e voltava. Quanto eu gastava até hoje eu não sei…

Lembranças muitas, ótimas, inclusive a do gol do Nelsinho (1,55m) de cabeça no gol do pinheiro (fundos da Baixada) contra os azeitonas, em cima do Pescuma (devia ter 1,90m); jamais vou esquecer, pois estava no último degrau de baixo da saudosa Baixada, lotada, a 5 metros do gol. Conforto? Para quê! Meu negócio era ver o Atlético, torcer por ele, sofrer, vibrar e chorar por esta paixão. Absolutamente todas as vezes em que saía dos estádios, fossem quais fossem, sem conseguir falar, de tanto gritar e apoiar durante o jogo. O Atlético teve mais times ruins do que bons, mas não interessava; queria ver e apoiar “meu time”.

Hoje, moro em Lucas do Rio Verde – MT. Assisto a todos os jogos do Atlético pela TV e sinto uma enorme vontade de estar aí, na Arena… até uma certa inveja de quem aí está.

Entendo quando o Presidente Petraglia – que eu respeito muito, pois vivenciei o antes e o depois – fala dos torcedores que não apóiam, não participam e não compram o título de sócio e querem um grande time. E os recursos? De onde, se o torcedor não colabora… Não entendo esta “nova” torcida atleticana; já teve times ótimos e médios, este que aí está não é ruim como falam, precisa é de apoio; torcida que já viu o “Coração Valente”, que me desculpe o Alex Mineiro, mas ele ainda é o maior, e ainda me emociona pelo caráter, exemplo, e craque que é.

“Antigamente” o torcedor atleticano não era assim; apoiava sempre, times ótimos, bons e ruins também e acho que “hoje” também tem que ser.
Acho que está na hora de a torcida comparecer ao estádio, botar a voz para fora e ter orgulho deste Atlético como eu vou morrer tendo, não interessa quem é o presidente ou quem é o zagueiro, o meia ou o centro-avante.

Estou só esperando a diretoria lançar um título para sócios de outras cidades que vou entrar, vou colaborar e vou continuar mandando minhas energias positivas para este time, morrendo de vontade de estar aí na Arena. E quando fui ou for a Curitiba, a primeira coisa que faço e farei é ir ver meu Furacão, não interessa se com Erandir, Jancarlos, Danilo… quero é ver “meu time”.

Saudações atleticanas.