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7 ago 2007 - 13h10

Síndrome de Estocolmo

Todos já devem ter ouvido sobre a “Síndrome de Estocolmo”. É aquela onde a sequestrada acaba se apaixonando pelo sequestrador. O que é um imenso ódio no início acaba se transformando em admiração e amor.

Se levarmos isso para o futebol da província, começo a pensar que estamos (alguns, ao menos) vivendo essa síndrome. A grande felicidade de ver os coxas se espatifarem na queda para a segunda divisão, no final de 2005, começou a não ter mais aquela graça no final de 2006 e tenho visto e ouvido muitos atleticanos com “inveja” dos tempos atuais, quando os coxas ficam estasiados com as vitórias no “pinicão” e estão felizes cantando “vamos voltar”.

Vejo tanta pancada em nossos jogadores e pergunto, contando com a ponderação racional dos amigos: Figueirense tem mais time que nós? Paraná Clube? Atlético Mineiro? Flamengo? Goiás? Sport? Vasco da Gama? Quem é muito craque neste time vascaíno? O Grêmio é um timão? Perdeu para Figuerense, São Paulo em casa, empatou com Goias, com nós e o Palmeiras. Ah! tinha esquecido: Palmeiras e Corinthians? Nem estou falando do América, Náutico, Juventude.
Pera aí: já falei de 13 times que se não são piores que nós não vejo essa oitava maravilha neles.

O que alguns tem mais que nós é uma grande união neste momento. Sábado, na Ilha do Retiro, 23.000 torcedores do Sport insandecidos levaram o time para a virada. E gremistas (29.000 contra nós com zero grau em Porto Alegre), Inter, Botafogo, Cruzeiro, Atletico Mineiro e por aí vaí. E, por favor, nem vou entrar nesta balela de preços de ingressos, pois isso nem DEUS resolve.(entenderam a fina ironia?)

Técnico por tecnico. Aí pode pegar mais pesado. Mesmo assim: Paulo Bonamigo, Celso Roth, Dorival Junior, Gallo, Kleina, Pintado, Zetti, Carpegiani, Joel Santana, uns 15 que já passaram pelo América, 10 pelo Naático, Claudio Duarte, Caio Júnior, até o Mário Sergio, não têm muito mais a oferecer quanto ao Antonio Lopes. Vanderley Luxemburgo, Leão, Geninho, Mano Menezes, Renato Gaúcho, Muricy Ramalho tiram leite de pedra. Quanto custam? O menor preço é de mais de 250 mil pratas/mês, mais comissão tecnica. Dá, prá nós, com esses jogadores?
O que alguns estão tendo é tranquilidade para trabalhar. O que o Antonio Lopes não está tendo atualmente.

Diretoria por diretoria. Nem sob tortura nos porões da pior ditadura do mundo entro neste assunto. Ponto. Fim.

Torcida por torcida. Aí eu arrumo briga com quem quiser: corintiano, flamenguista, galo mineiro, e tudo o que mais vier daí para baixo. Quem esteve no dia 16/12/2001 na Baixada contra o São Caetano não tem medo de dizer: NESTE QUESITO NÃO TEM PARA NINGUEM. Desaprendemos a torcer? Ou será muito melhor encher a Arena ano que vem contra o Ituano, Remo, Paissandu, Portuguesa? Só para lembrar daqueles tempos “maravilhosos” do Pinheirão ou Velha Baixada? Alguem poderá tentar me explicar tamanho masoquismo? Será que vai ser lindo um ATLE-tiba da segundona?
Uma das minhas maiores alegrias foi ver aquele monte de “machões” (será que eram?) chorando e beijando o escudo do coxa na queda para a segundona. Eu, seguramente, tenho ZERO de vontade de passar por aquelas cenas ridiculas. E se eles subirem este ano? Vamos ficar nós embaixo, daí?

Então, meus prezadíssimos e queridissimos torcedores atleticanos, só tem um jeito:
no berro; no grito; na raça; e também como pede o Claiton: com carinho!

Aos que estão lendo isso e já pensando em me espinafrar lá adiante, quero só deixar aqui um pequeno alerta: querem melhor vingança contra esse estado de morosidade que se instalou no nosso clube do que transformar esse time, digamos, médio em vencedor e levarmos lá para cima, com a nossa força, contra tudo e contra todos? Ah! lá vem já alguem dizendo: “Mas se isso acontecer eles vão cada vez mais se fortalecerm nos cargos e isto nunca terá fim”. Sim, é possível. Mas, meus amigos mais jovens: para isso há democracia. Mesmo que nos clubes de futebol esse conceito não é lá tão forte, mas é o que nos resta.
E a contrapartida da segundona não anima ninguém. E eu prefiro “dispensar” a falácia que time grande cai num ano e volta no outro. Só time pequeno fica dois anos” Tô fora disso aí. EU NÃO QUERO É CAIR NUNCA MAIS.

Por isso, amigos rubro-negros: para calar a boca destes que falam em outro nome, talvez até outra camisa e santo sacrilégio, outro hino, vamos mostra que neste terreiro não tem dono nenhum.
Nós, somente nós somos donos da nossa paixão. Não precisamos de tutela.

Eles que construam estádios, CT, dólares, euros, o raio que parta: nós construímos esse imenso amor pelo clube Atlético dos paranaenses. E isso, ninguém nos tira. Ninguém comanda. Isso é eterno.



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