Maio de 2007. O Atlético tinha todos os ingredientes para ir bem no Brasileirão. Bons jogadores, um técnico razoável e uma torcida apaixonada que faz de tudo pelo time. Após duas rodadas, o time está na liderança isolada do campeonato.

Pouco tempo depois, vieram as derrotas, os empates, os pontos desperdiçados, a vitória que escapou por entre os dedos. Normal. Qualquer time de futebol no planeta passa por isso. Só que quando o time está caído, não se pode fazer outra coisa a não ser levantar e seguir adiante.

O problema é quando o time cai derrota após derrota, a qualidade se deteriora, não existe mais aquele brilho e os jogos se arrastam como uma novela que custa chegar ao seu final.

Para se recuperar no Brasileirão, o Atlético precisou se internar para se recuperar. Demitiu técnico, jogadores foram embora, mas o time trouxe jogadores novos, trouxe, na teoria, esperança. Ficou só na teoria.

Agosto de 2007. O Atlético neste momento se encontra na UTI, respirando com a ajuda de aparelhos e recebendo visitas e transfusões de sangue rubro negro paranaense para que sobreviva a um ano tão difícil.

Sem títulos, com uma campanha pífia, com jogadores e técnico de qualidade questionável, algumas pessoas acham que o time não tem mais jeito. Ou seja, da UTI vai direto pro caixão da Série B e de lá para um enterro melancólico em uma divisão de pior qualidade.

Já outros ainda depositam suas esperanças, achando que o “doente” Atlético tem alguma chance de recuperação e que pode sair da UTI diretamente para um quarto separado e, em seguida, receber alta e viver muito bem, obrigado, por muitos e muitos anos, por toda a eternidade.

Dezembro de 2007. Qual será o cenário predominante para o Atlético? Da UTI para o cemitério ou da UTI para a alta hospitalar futebolística?

Quem viver, verá.