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22 nov 2007 - 11h04

O futebol brasileiro: passado, presente e futuro

Difícil comparar o futebol brasileiro de hoje com o de anos atrás, com Pelé, Garrincha, Caju, Djalma Santos, a dupla Washington e Assis, Sicupira e muitos outros. Eles fizeram do futebol o esporte mais adorado no Brasil (e um dos mais adorados no mundo!), futebol arte, com raça, com amor pela camisa do time o qual representavam.

Hoje, times que eram considerados ‘grandes’ como Flamengo e Corinthians passando por dificuldades (tentarei não usar a palavra problema) financeiras, o primeiro por ter uma de suas principais fontes de renda, o patrocínio da Petrobrás, preso em banco até que suas dívidas com o INSS sejam sanadas, e o segundo com as mesmas dificuldades, mas por uma administração deficiente e fraudulenta realizada pela sua diretoria. Estes são apenas exemplos.

No Rio Grande do Sul, não gastarei palavras para falar do elenco do Juventude, mas no Internacional encontramos poucas estrelas, sendo elas: Marcão (ao menos para nós, torcedores atleticanos) e Nilmar, e muitos desconhecidos ou apostas, assim como o Grêmio, que já lançou grandes craques e hoje possui um elenco equilibrado, sem grandes nomes.

O Figueirense, de Santa Catarina, bem como o Paraná, Goiás, Náutico e Sprot, sobrevivem com orçamentos reduzidos e apostam em jogadores desconhecidos e relativamente baratos como Octacílio Neto, Ruy, Cleiton Xavier, Jumar e Josiel, torcendo para que apareçam em campo para ganhar em cima de suas possíveis transferências a clubes maiores.

O Palmeiras, assim como o Fluminense, Botafogo e Vasco, existem algumas estrelas que ganham bem, graças a patrocinadores, jogando junto a apostas e nem tanto desconhecidos que fazem parte de sua folha de pagamento. Para uns é muito bom ter um time destes, mas esquecem as rixas internas que essa diferença salarial pode causar.

Os acima citados, Flamengo e Corinthians, os times de maior torcida do Brasil, possuem poucas estrelas, entre elas Roger, Maxi e o goleiro Felipe, dentre tantas apostas, com seus salários geralmente atrasados.

Em Minas, de um lado temos o Atlético Mineiro, o qual sua maior estrela é o técnico Leão, que comanda um time equilibrado, com os até então desconhecidos Danilinho, Coelho e Éder Luis, e de outro temos o Cruzeiro, que encontrou sua fórmula ao destacar jogadores com Kerlon, Ramires, Moreno, ou seja… até então, desconhecidos, mas que juntos formam uma grande equipe.

Temos também Santos e São Paulo, times de grande reconhecimento, que graças a grandes patrocinadores, não medem esforços para contratar bons jogadores (até mesmo aliciando-os), que com técnicos eficazes como Muricy e Luxemburgo conseguem montar equipes campeãs.

Sem esquecer o nosso Atlético Paranaense, com um misto de estrelas como Alex Mineiro, Ferreira e Antônio Carlos, estrelas em estado de expansão com Netinho, Valência, Claiton, Rodolfo e Viafara, formam junto a outros jogadores menos conhecidos ou oriundos da equipe de juniores uma equipe coesa e regular, sob o comando de Ney Franco, está entre os melhores times do returno do Brasileirão.

Dado nome aos bois, vamos continuar a nossa análise:

Hoje temos times como Flamengo e Corinthians que permanecem vivos graças a suas grandes torcidas, porque financeiramente estão afundados em dívidas, ou como Paraná, Juventude, América, Náutico e Sport que sobrevivem sob orçamentos reduzidos. Grupo do qual nosso eterno rival, o Coritiba, fará parte no próximo ano.

Temos também times medianos, como Palmeiras, Atlético/MG, Botafogo, Vasco e Fluminense, que continuarão valendo a Sessão da Tarde, sem muitos atrativos, instáveis, que num ano podem alcançar boas colocações, como em outros podem permanecer na zona intermediária.

Temos os times solidificados, em equipe e financeiramente, como São Paulo, Santos, Cruzeiro, Internacional e Grêmio (este último apenas pela solidez das equipes formadas nos últimos anos, pois seu orçamento é reduzido), e os quais costumam brigar pelas melhores vagas e títulos.

E claro, temos times em ascensão, que anos atrás passariam desapercebidos em meio a classificação, que mudaram sua visão quanto ao futebol, primando pela administração, com times cada vez melhores e incomodando cada vez mais times maiores, neste caso o Atlético Paranaense, e seu ‘irmão mais novo’ Figueirense.

Apesar de muitos falaram por aí que futebol é uma caixinha de surpresas e que o futuro a Deus pertence, serei ousado a dividir com vocês as minhas previsões:

– Flamengo e Corinthians continuaram na mesma, com ajuda da rede Globo, e com times cada vez inferiores e dificuldades financeiras.
– Paraná, Juventude, América e Náutico continuarão com orçamentos reduzidos, tentando a sorte entre a 1a e a 2a divisão, mas ainda conseguirão se manter por mais alguns anos.
– Os times medianos como Palmeiras, Atlético/MG, Botafogo, Vasco e Fluminense continuarão na mesma, ao menos enquanto tiverem seus patrocinadores.
– Solidez indica establidade, por isso times como São Paulo, Santos, Cruzeiro, Internacional e Grêmio, pararão de crescer, estabelecendo-se entre os melhores.
– O antes pequeno Figueirense assumirá seu importante papel como time mediano, brigando diretamente contra Palmeiras e outros deste grupo até que suba mais um degrau.
– E o Atlético Paranaense irá crescer, e ao contrário dos solidificados que pararam no tempo, crescerá cada vez mais, e ocupará seu espaço entre as cabeças, até mesmo superando times que hoje são grandes.

O futuro para muitos times é o mesmo de muitos jogadores juniores, eles têm de se profissionalizar na questão administrativa, pois a velha visão do futebol apenas como paixão, não abastece mais os bolsos…



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