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12 abr 2008 - 11h37

Postura pioneira

Foi com muita surpresa que recebemos a notícia de que o Atlético cobraria das rádios o direito de transmissão dos nossos jogos, afinal, ao ler a manchete já sabíamos o que viria pela frente: mais brigas, mais processos judiciais, mais antipatia, mais ódio.

Antes disso eu já não agüentava mais ouvir jogos por certas emissoras, sempre ofendendo o Atlético de forma sublimar, covarde, me fazendo suar frio a ponto de inchar minha jugular. Comentaristas colocando a torcida contra o time ainda durante o jogo (cabe a ela, torcida, parte da responsabilidade pela perda da CB, por vaiar e xingar aos 35’ do segundo tempo – coisa que nunca se viu na Baixada – estimulada por comentários nas rádios, mas é assunto para outro tópico), defendendo um suposto direito de informação que, na verdade, são notícias que vendem nas rádios ao fecharem contratos de publicidade em valores altíssimos por terem o futebol como chamariz. E quem faz o futebol? A rádio? Não, são os clubes, e estes colocam muito dinheiro para fazer isto acontecer. Os torcedores ouvem as rádios apenas para acompanhar seus times, e, se a rádio não falar dele, do time, muda-se de estação até encontrar quem fale, assim como é na TV no domingo à noite.

Acho justa a iniciativa do Atlético, que, ao que parece mais clubes virão na cola. Recentemente, eu e meu pai conversávamos sobre futebol e nos perguntamos como funcionava o direito de transmissão das rádios ao analisar os “tamanhos” de certos contratos publicitários firmados por estas em virtude do futebol. Enfim, estão, sem dúvidas, ganhando dinheiro (muito dinheiro) através dos clubes e isso vai acabar. Para as rádios, é o começo do fim da mamata. Não penso, contudo, que isso deixará os torcedores sem informação, pois “futebolisticamente”, somos 1 milhão de pessoas, e deve haver quem se interesse em pagar para transmitir os jogos e atingir este público.

A postura do Atlético, de se preparar, se embasar e “entrar de cabeça” não agrada a todos. Entretanto, se pensarmos que já éramos hostilizados pela imprensa, não resolveria falar com eles antes, ao contrario, já fariam alguma manobra para por água nos planos do Atlético.

Eu, como bom ariano, gostei da forma como a coisa aconteceu. Gosto até da idéia de torcermos de fato para o time mais “antipático” do Brasil, sabem por quê? Porque ser antipático neste caso significa “não abaixar a cabeça e engolir o que te enfiarem na goela”. Porque temos que assumir uma briga grande uma vez na vida. Se vão gaúchos e paulistas comprar esta briga, muitos achariam lindo, porque eles “defendem seus direitos” e tal. Agora a oportunidade está aí. Vamos abraçá-la e mostrar que o povo paranaense também tem suas convicções, sem medo. Vamos dar preferência às rádios que se mostrarem mais abertas a negociar, enfim, vamos experimentar o “fazer acontecer”. Neste começo de processo, os maiores times terão seus jogos comprados, preterindo-se os menores, e por acreditar que o Atlético e sua torcida são realmente grandes não quero ver uma manchete de jornal do tipo “Atlético tentou, mas somente outros times da Série A conseguiram vender seus jogos para as rádios”. Quero, ao seu lado caro Atleticano, ser o primeiro a ter benefícios pelas transmissões de rádio dos nossos jogos, e a manchete será: “Após Atlético, outros começam a vender seus jogos às rádios, seguindo o pioneirismo paranaense”.

A cobrança pelo direito de transmissão radiofônica é uma tendência e será uma realidade muito em breve, pelo simples fato de que os clubes brasileiros estão acordando e vendo que tudo o que os rodeia pode virar dinheiro. E o melhor é que começa a acontecer pelas nossas mãos, e isso é ser grande.



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