Patricia Bahr

A edição deste domingo do jornal O Estado de S. Paulo traz uma reportagem com os garotos Octávio, de 9 anos, e Gabriel, de 7 anos, que treinam numa escolinha do Atlético. Os dois garotos chamam a atenção pelo histórico familiar: são netos do rei do futebol, Pelé. Apesar de já terem passado pelas escolinhas do Santos, na época em que moravam na cidade do litoral paulista, Octávio e Gabriel estão demonstrando seus dons futebolísticos com a camisa do Furacão. A identificação com o clube é tamanha que a dupla garante: torce para o Atlético Paranaense e para o Santos, clube em que o avô famoso se consagrou para todo o mundo.

No Atlético, Octávio e Gabriel são treinados pelo professor Edson Dantas, que destaca a evolução dos dois meninos dentro de campo. Como todos os garotos nessa idade, eles protagonizam grandes jogadas, mas também alguns errinhos, podendo com a mesma facilidade marcar gols ou pisar na bola e cair no chão.

Os dois garotos se espelham no avô Pelé e em grandes atletas do cenário mundial para seguir na carreira dentro dos campos. Octávio é fã de Cristiano Ronaldo, acompanhando as jogadas e o desempenho do ídolo pela televisão. Já Gabriel admira dois jogadores brasileiros, Ronaldinho Gaúcho e Kaká, e sonha um dia poder jogar no Barcelona, da Espanha.

Avô famoso e distante

Apesar do laço familiar e da paixão pelo futebol, Octávio e Gabriel não conhecem o avô Pelé. Os dois meninos são filhos de Ozéas Felinto e Sandra Regina Arantes do Nascimento Felinto, reconhecida judicialmente como filha de Pelé após ingressar com uma ação na década de 1990. Sandra é fruto de um relacionamento de Pelé com a empregada doméstica Anízia Machado, em 1964. Apesar de na justiça ela ter sido reconhecida como filha do rei do futebol, nunca teve um relacionamento próximo com o pai. Em 2006, Sandra faleceu, vítima de câncer de mama.

Foi aí que o futebol e o Atlético Paranaense entraram na vida de Octávio e Gabriel. O pai dos garotos, Ozéas, casou-se novamente e veio morar em Curitiba, onde mora a maior parte de sua família. Foi quando os garotos passaram a freqüentar a Escolinha do Atlético.

A relação mais próxima que os dois garotos tiveram com a família de Pelé foi com a bisavó Celeste (mãe de Pelé), que os presenteou com uma bola. E como todos os garotos, eles sonham um dia poder conhecer o avô famoso e trocar algumas experiências do mundo da bola: “O que eu faria se encontrasse o Pelé? Ah, pedia para bater uma bola com ele”, disse Gabriel, na entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo.

Clique aqui e confira a íntegra da reportagem “Herdeiros do rei”, escrita pela jornalista Valéria Zukeran ao O Estado de S. Paulo.

A reportagem não é a primeira repercussão nacional que teve a presença dos netos de Pelé treinando na Escolinha do Atlético. No início deste ano, o jornal Lance! também destacou a presença dos dois garotos no Furacão. Relembre a reportagem: Neto de Pelé na mira de time italiano.