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21 jul 2008 - 11h30

Pecados de um atleticano

Hoje serei bastante emocional. Serei um atleticano apaixonado e confessarei como cometi ou cometerei os sete (sei que aumentou, mas eu gosto dos sete) pecados capitais.

A Ira – fiquei muito IRADO com o Petraglia e com a comissão técnica que inoperante, diante dos fatos que via, me faziam sofrer. Senti isso contra o coxa, contra o Cruzeiro e principalmente contra o inter. Senti ira do time que – desajeitado – era lento e sem um matador. Senti ira qdo percebia que os comentaristas viam um jogo e eu outro. Senti ira quando me lembrava dos times de 2001 e 2004 – senti ira porque esse time nunca chegara aos pés desses dois.

A Inveja – senti isso muito quando o NOSSO “coração valente” fez aquele gol de cabeça na libertadores em cima do São Paulo. Senti isso qdo o Kleber Pereira fazia um atrás do outro no Santos. Senti isso ontem quando o Alex Mineiro se isolou na artilharia do Brasileirão. Senti isso qdo o coxa ganhou do Flamengo. Sinto isso sempre que vejo um time jogando por música como eram os nossos de 2001 e 2004.

A Gula – senti quando batemos o recorde do Furacão de 1949. Senti que o Furacão COMERIA todo mundo. Que arrasaríamos o campeonato paranaense, brasileiro e sul-americana, que seríamos campeões com facilidade Senti uma fome imensa pelos títulos que perdemos nas mãos da nossa própria instabilidade.

A Soberba – basto-me, não dependo de ninguém. O atleticano que ainda não sentiu isso que me atire a primeira pedra. Somos os melhores, temos o melhor estádio, o melhor CT, a melhor administração. Somos, fomos, e vamos continuar sendo tudo isso. Mas dependemos de árbitros honestos, de títulos, de jogadores, dependemos mais do que pensamos ou queremos.

A Avareza – quanto mais tenho, mais quero. Eu não seria um bom atleticano se pensasse ao contrário. Quanto mais vitórias, mais eu quero, quanto mais ídolos, mais eu quero, quanto mais estrutura, mais eu quero, quanto mais jogadores revelados nas categorias de base, mais eu quero. E se tiver algo de bom que o meu time ainda não tenha, eu quero também… numa quantidade um pouco maior é claro!

A Luxúria – quero sentir prazer ao ver meu time jogando. Quero sentir desejo de ir ao estádio e ter a certeza que vou me deleitar com substituições feitas de forma correta, e com um time aguerrido com atletas que representem as cores do meu time com amor. Eu ainda quero pecar assim esse ano. Quase aconteceu ontem no CAP x Vasco.

A Preguiça – propensão para não trabalhar. Negligência. Quero não trabalhar esse ano fazendo contas para não cair, ou para chegar entre os quatro, ou para ficar na sul-americana. Quero que isso venha tranquilamente, sem que eu tenha que criar uma planilha no Excel com os tais prognósticos – otimista, realista, moderado e pessimista. Depois ficar torcendo para que todos os outros times empatem. Quero ter o prazer de negligenciar todos os santos, pois o time não precisará de nenhum milagre.

Agora só me resta confiar que ontem foi o início de uma nova fase. E que na quarta, contra o Sport (osso duro de roer) vamos ter uma postura grandiosa em campo, com jogadas inteligentes, com um time bem armado.

Vencer lá? Porque não? É dificílimo, sim, será, mas – como disse Chaplin – “as maiores conquistas foram aquelas consideradas impossíveis”.



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