Evoluindo
O jogo de ontem, contra o São Paulo Futebol Clube, apesar dos pesares, mostrou uma equipe em evolução técnica e tática. Serviu, outrossim, para mostrar a todos que o Rodolpho é absolutamente indispensável em nosso sistema defensivo (acho que, caso ele jogasse ontem, não tomaríamos três gols) -não sei, todavia, se no lugar do jovem Fraga ou do Danilo-. Outra coisa: ficou muito claro também que o Pedro Oldoni -sempre fui e serei fã desse menino-, é um jogador diferenciado quando joga como centro-avante típico. Ao meu ver, foi nosso melhor jogador nas duas últimas partidas -e não é porque fez 4 gols não, mas sim porque, além disso, destruiu, ajudou a defesa e armou jogadas-. O Júlio dos Santos, quando encontrar o seu verdadeiro ritmo de jogo, vai dar o que falar. Não fizemos tantas faltas perto da nossa área. O Ferreira jogou bem, mas precisa tentar vencer as faltas que sofre de quando em vez. O Gallato, apesar de bom goleiro, tem que treinar muito ainda o fundamento de saída do gol. O Rodriguinho jogou bem -tem muita mobilidade e fôlego, mas precisa aprender a controlar o ímpeto e a emoção na hora de finalizar -ontem, poderíamos, com ele, fazer dois gols no São Paulo, antes que este os fizesse em nós-. O Antonio Carlos, que é bom zagueiro, está mais esperto e atento. O Mário Sérgio armou direitinho a equipe, mas, infelizmente, os nossos jogadores -à exceção do Pedro Oldoni-, não conseguiram desempenhar bem os papéis que lhes cabiam no roteiro traçado (aliás, já ouvi alguém criticar o Pontes de Paiva por haver sacado o Pedro Oldoni do time; acontece que -e isso só não percebeu quem é desatento-, o Pedro somente saiu por estar visivelmente extenuado). Resumo da ópera: nesses dois últimos jogos, o Atlético e, principalmente o Pedro Oldoni, jogaram mais do que todas as partidas anteriores juntas e somadas. Já é um alento, né? Vamos confiar e apoiar a rapaziada, pois, com certeza, melhores dias virão.