Nas duas últimas semanas tenho acompanhado as notícias do Clube Atlético Paranaense pelo portal FURACAO.COM e GLOBO.COM para obter todas as informações possíveis sobre o retorno do jogador Claiton.

Após uma entrevista que o próprio jogador deu a um jornal ficou evidente que o atleta está insatisfeito no Japão e que queria e muito retornar ao Brasil para voltar a jogar no CAP.

Para tanto, reportou que estava disposto a reduzir seu salário, que já havia recusado jogar em outros clubes ao qual já havia tido proposta, inclusive recebendo salário maior ao oferecido pelas banda do CT do Caju, e que só faltava o Sr. Presidente acertar a multa rescisória com o clube japonês para que finalmente o retorno estivesse acertado.

Pois bem, com todas essas informações fiquei muito feliz e até comecei a entender a metodologia de trabalho dessa atual diretoria. Pensei comigo mesmo: ‘Finalmente teremos o nosso líder em campo; aquele jogador que coloca o dedo cara do juiz e do adversário; aquele cara que briga e luta até o fim pela camisa que está vestindo. Resumindo, aquele cara que nos faltou ano passado.’

A informação do possível retorno do PREDADOR ao clube me ficou ainda mais evidente visto a negociação no começo do ano do jogador Alan Bahia, o qual desempenhava a mesma função.

Tudo encaminhava para um final feliz. Daqueles que o torcedor atleticano estava sentindo falta nos últimos anos.

Mas ao que parece o impossível vai acontecer.

Claiton está cada vez mais distante do Clube Atlético Paranaense.

Quando li a reportagem de hoje no site GLOBO.COM quase não pude acreditar.

Claiton afirmando que está cada vez mais distante do Atlético porque nosso Sr. Presidente está irredutível na sua proposta de parcelamento da multa rescisória.

Mais absurdo ainda foi quando descobri que a tal multa rescisória era, no início da negociação de US$ 1.000.000.

Mais absurdo ainda foi quando descobri que a tal multa rescisória foi reduzida para US$ 300.000.

E por fim fique ainda (se é possível) mais abismado quando descobri que a tal multa rescisória chegou a míseros (em termos de futebol) US$ 150.000 que era o que nossa diretoria queria.

Só que, não satisfeita ainda, nossa diretoria quer parcelar o valor em 3 vezes sem juros. O que daria uma parcela de US$ 50.000 por mês.

Bom, disse tudo isso para chegar a conclusão de que nosso time é amador. É, amador sim. Daqueles que disputam campeonatos metropolitanos e que só tem uniforme padronizado porque algum deputado doou em troca de votos e propaganda na camisa.

Torcedores atleticanos. Irmãos. Quando descobri que nosso clube não tem possibilidades financeiras de arcar com uma multa rescisória de US$ 150.000, parei.

Tem jogador brasileiro que ganha isso por mês!

Agora, nossa diretoria, que na campanha eleitoral disse para quem quisesse ouvir que investiria mais em chuteiras do que em tijolos parece achar que os inacreditáveis US$ 150.000 seriam um valor muito alto a ser pago por um líder. Um jogador diferenciado que já demostrou de todas as maneiras que quer jogar no clube. Um jogador que nos está fazendo falta.

Ao que parece, nosso Sr. Presidente esse ano vai novamente ‘pagar pra ver’.

Já não foi suficiente a angústia que sofremos o ano passado inteiro. Já não foi suficiente ver nosso rival comemorar um título em nossa casa.

E apesar de todos esse absurdos que nosso Sr. Presidente começa a fazer, existem ainda pessoas que com o maior prazer do mundo beijam o saco do cara.

Mas acho que é assim mesmo. Afinal de contas não sou nenhum entendido no mundo da bola. Nem sequer sei administrar minha barraquinha de cachorro quente!

Certos devem estar eles.