Patricia Bahr

O artilheiro do Campeonato Paranaense terá um duplo desafio nesta quarta-feira. Antes de entrar em campo para o jogo decisivo da Copa do Brasil, contra o ABC, o atacante Rafael Moura vai a julgamento pelo Tribunal de Justiça Desportiva do Paraná (TJD-PR). O atleta será julgado em sessão extraordinária da 2ª Comissão Disciplinar pela expulsão no jogo contra o Paranavaí, há exatamente um mês, no dia 22 de março.

Rafael Moura foi incluso no artigo 253 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD), por “praticar agressão física contra o árbitro ou seus auxiliares, ou contra qualquer outro participante do evento desportivo”, que prevê suspensão entre 120 e 540 dias. Se condenado, ele deve ficar de fora do clássico Atletiba do próximo domingo.

O atacante não estará presente no julgamento devido ao regime de concentração para a partida contra o ABC. Atendendo à solicitação do advogado do Atlético, Domingos Moro, o julgamento de Rafael Moura será o primeiro da pauta do dia, com início às 16 horas.

Relembre o lance

No final do jogo contra o Paranavaí, no dia 22 de março, Rafael Moura foi expulso pelo árbitro Evandro Rogério Roman após se desentender com o zagueiro João Marcelo. No lance, não ficou caracterizado nenhuma imagem de agressão dos atletas – essas imagens, inclusive, serão usadas na defesa do atacante atleticano.

Após o jogo, Rafael Moura chegou a declarar que se sentia injustiçado pela expulsão. "Ele (o árbitro Evandro Rogério Roman) apita a primeira divisão nacional. Ele não pode cair no papo de um bandeirinha, que não tem o mesmo nível dele. É a segunda expulsão que não fiz nada, como da primeira vez. Me tira o foco, a seqüência, por causa de uma palhaçada. Foi jogo televisionado, todo mundo viu. O Héber e depois o Roman. Ele vai apitar mais jogos daqui para frente e não quero ficar marcado", desabafou o atacante no site oficial do Atlético naquela ocasião.