Ser ou não ser, esta é a questão?
Ser grande ou não ser grande, qual é o caminho que o Clube Atlético Paranaense está escolhendo?
Já faz algum tempo que nós torcedores nos perguntamos sobre esta questão.
No passado, éramos um time que tinha um estádio acanhado, mas vibrante, o Joaquim Américo. Hoje temos a Arena, mas fica faltando a emoção dentro de campo.
Os nossos dirigentes do passado colocavam dinheiro do bolso para por o time em campo, hoje devemos milhões e não temos time em campo.
No passado, os nossos jogadores vinham de times do interior do Paraná, Santa Catarina e até de clubes da suburbana – e jogavam decentemente.
Hoje vem jogador do nordeste, interior paulista, do Rio de Janeiro, Minas Gerais e até do exterior, de clubes grandes ou renomados, e não conseguimos formar um time descente.
No passado, era a falta de condição financeira e de estrutura física que nos levava a penúrias, hoje é a falta de vontade de querer fazer a coisa certa, ficar jogando dinheiro pelo ralo em contratações medíocres de jogadores abaixo da condição técnica dos que no passado aqui jogaram, onde até tinham que comprar as suas próprias chuteiras.
Hoje os nossos jogadores têm um CT de dar inveja a muita gente, um estádio que é um dos carros chefes da campanha da Copa de 2014, todos os recursos de fisioterapia e médica para uma boa recuperação, mas não temos um bom dirigente de futebol, jogadores que honrem as nossas cores e as nossas tradições – só temos é em troca, as migalhas que nos dão com um título estadual aqui e outro ali.
Já as atuais contratações são um capítulo à parte.
Um exemplo é a nossa recente contratação. Precisamos de um segundo volante e trouxemos um primeiro volante, o cara já disse que prefere jogar de primeiro e aí fica a questão: será que o Rafael Miranda vai render o esperado ou será mais um para a nossa prateleira?
Precisamos de zagueiro, de um bom goleiro, de um meia armador, de um atacante finalizador ao lado de Rafael Moura, e o que será que os nosso brilhantes dirigentes irão trazer?
Sinceramente, eu acho que ainda. Após o ano 1995, quando revolucionamos o futebol no Paraná, ficamos hoje iguais a Cuba: estagnada, empobrecida, arcaica em sua direção e sem rumo como a ilha de Fidel.
E fica a pergunta aos nossos atuais dirigentes: vamos ser Cuba, uma ilha falida e empobrecida ou vamos ser uma América do Norte, poderosa e rica apesar da crise?
Qual é a vontade de vocês?
Nós torcedores estamos esperando esta resposta há uma década pelo menos.