Merecemos alegrias, mais alegrias
A vitória contra o Internacional reacendeu a chama da esperança de termos um time de machos, valente e competente, com o elenco do nosso Atlético Paranaense.
Deus deve ser atleticano, ao providencar a contusão de um zagueiro e a suspensão de um atacante, que levou o treinador a escalar o time num 4-4-2, com dois foguetes no ataque e com um meio-de-campo que engoliu o do Inter.
Vimos um time diferente, do que vínhamos vendo. Combativo, criativo, ousado, macho, marcador, comendo grama e disputando até bolas perdidas.
O 3×2 não retratou nossa superioridade.
Só ficou a impressão de que ainda precisamos de um grande goleiro, que inspire total confiança ao time e à torcida. Alguns podem não gostar, mas foi por causa dos corneta que o ótimo Diego foi embora. Um goleiraço, líder de equipe, que foi crucificado injustamente, por parte da torcida e da Imprensa, que o taxou de mão-de-pau.
Sacanagem e rótulo injusto. Citem um goleiro que segura todas! Todos espalmam, porque as novas bolas são leves e mais rápidas. Mas quem nunca jogou no gol não entende nada disso e cria rótulos.
Voltando ao time. Parece que Deus resolveu dormir um pouco e o nosso treinador aproveitou para dar um descanso ao jovem e brilhante Wallyson para trazer de volta o atacante que estava suspenso – e que não é um agregador, muito menos um jogador de equipe. Joga pra ele, se joga.
Se o Wallyson não pode mesmo jogar, preferia ir com o Patrick ao lado do Wesley. Com o Moura, arriscamos jogar 90 minutos com um jogador a menos na equipe. Tomara que eu morda a língua ou os dois dedos que digitam este texto.
Penso que o novo diretor de futebol já está mostrando serviço, o profissional Bolicenho, assim como o preparador físico Riva, que já fez nosso time voar e ser campeão brasileiro a toda potência física.
Não quero me iludir.
Sei que o jogo como o São José não vai ser fácil, mas, convenhamos, com a nossa estrutura, preparo, recursos e elenco, não deveríamos temer o S. José.
Mas tememos, porque ainda não temos confiança total no nosso treinador e no nosso time.
E só tem um jeito de nos convencer.
Vencendo hoje no interior paulista e domingo, na Arena, contra o nossos mais tradicionais rivais. De preferência, devolvendo aqueles 4×0 do Paranaense com juros e correção.
Nossa torcida merece mais alegrias.
Porque nos últimos três anos sofremos demais.