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29 jul 2009 - 23h41

A doce profecia e dura realidade

Me bateu um desânimo… Achei que 2009 seria o ano do nosso título brasileiro! Vou contar uma breve história que me acompanha desde a infância e que embasou esta afirmação durante anos na minha vida.

Corria o ano de 1994 e a nossa seleção conquistava o tetracampeonato em solo norte americano. Eu tinha certeza que ganharíamos naquele ano por um simples motivo bobo, sonhado por um pré-adolescente de 13 anos. Raciocinei: ‘Se meu pai nasceu em 1957 e o Brasil foi tri em 1970, quando ele tinha 13 anos, agora que eu tenho 13 anos em 1994, o tetra é nosso!’. E foi… Assisti aos pênaltis com uma passividade impressionante, tamanha a certeza!

Ambicioso e filho de um coxa-branca chato, sonhei mais alto, com uma estrela dourada no peito da nossa pobre (à época) camisa rubro-negra. Calculei: Se o coxa do meu pai foi campeão brasileiro em 1985, quando ele tinha 28 anos, meu Furacão vai ser campeão brasileiro em… 2009! Sabia que era muito tempo, mas para um time então na série B, com estádio meia-boca e sem dinheiro, achei razoável 15 anos para colocar a casa em ordem a almejar alguma coisa fora do território paranaense.

Enfim, todos sabem o que aconteceu. Nosso Atlético me pregou uma ótima peça: subiu no ano seguinte, inaugurou um moderno estádio apenas 5 anos depois e foi campeão brasileiro em 2001! É claro que não reclamei do melhor ano de relação entre mim e o Furacão. Inesquecível! Mas e 2009? O que reservaria? O bi-campeonato para passar os coxas? Uma Libertadores? Mundial? Bem, até 2005 achava que era possível, mas fui modestamente me contentando com uma Sulamericana (que já seria sensacional).

O Brasileiro de 2008, horrível, reacendeu esta lembrança em mim.O que mais me deixou empolgado no fim do ano passado foi o fato de termos escapado do rebaixamento no última rodada!!! Pensei: ‘Pronto, são os deuses do futebol que não deixaram o futuro campeão brasileiro cair’. E o inocente aqui ainda apostou R$ 200,00 que isso aconteceria com… Meu pai. Eu com este time medíocre e ele com os 19 restantes. Dinheiro fácil demais, não é? PAUSA: (putz, mais um gol do Goiás) Pois é, o amor é cego até pelo time do coração.

Aguardei ansiosamente por este 2009 e resolvi abrir esta história só porque desanimei muito com a situação atual que já se arrasta por longos 4 anos. Está doído assistir aos jogos, ver os gols dos outros em plena Arena no dia seguinte, os comentários dos jornalista do eixão… Contei também para me livrar logo desta esperança que a 15 anos me acompanha mas está cada vez mais longe de acontecer. Ou até para que seja uma forma de criar esperança em outros atleticanos, que assim como eu, ainda vão ao estádio, gritam e acreditam que amanhã será melhor. Tenho dó da nossa torcida que mal consegue cantar nos jogos tamanha a falta de incentivo vindo do campo. É um bom lancezinho no primeiro tempo e mais dois chutes no segundo, fora o ‘abafa’ dos visitantes. Voltamos a 1994?

O sonho está acabando e a profecia dificilmente se concretizará. O hoje pai de família de 28 anos pensa assim, mas aquele piá de 13 anos que às vezes conversa comigo nos meus sonhos insiste que vai dar tudo certo. Afinal, 2009 ainda não acabou…



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