O Atlético e a síndrome de Estocolmo
Síndrome de Estocolmo é o nome dado para situações como a de um sequestrado que, inconscientemente, desenvolve uma ligação emocional pelo sequestrador, até afetiva, por vezes.
Qual a relação disso com o Atlético? Eu explico:
No ano passado, apenas por um milagre não fomos para a série B. Nas últimas rodadas, o time reagiu e escapamos. Comovida, a diretoria ficou tão aliviada que encarou o não rebaixamento como um prêmio e se considerou em dívida com os ‘atletas’.
Esqueceu, porém, do fato que o que nos levou a tal deplorável situação foi o baixíssimo nível técnico, emocional e motivacional destes referidos jogadores.
Manteve, então, a base mais do que podre deste time ao invés de desmontá-lo, e ganhou um campeonatinho paranaense de nível sofrível apenas graças à uma tabela maluca. Ignorou os sinais claros da fragilidade do elenco e as derrotas vexatórias na própria casa rubro-negra e se mandou com esta baba para o Brasileiro.
Aí o buraco é mais em baixo. Agora, depois de tanto apanhar, talvez a diretoria faça uma avaliação mais realista e conclua que não buscamos uma vaga na Libertadores e que ficar na primeira divisão já é lucro.
Daqui para frente ficam as perguntas:
Quem contratar? Qual o bom jogador disponível no mercado? Quem vai vir em condição de jogar ,com uma pré-temporada bem feita, em forma, sem lesões? Quem vai aceitar o salário pago por aqui?
Tudo isso TERIA que ter sido planejado. Planejamento, sabe? Gerência de futebol sabe? Sabe diretoria? Amadores!