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3 mar 2010 - 23h46

ATLEtiba

Não podemos negar que o clássico ATLEtiba é o jogo mais importante da vida destes dois rivais, tanto para o clube e principalmente para as torcidas, onde ocorrem as gozações, os sarros do dia seguinte, é gente se escondendo dos amigos, vizinhos, etc…

Quem bom seria se toda semana tivesse um ATLEtiba, infelizmente são poucos no ano, pior foi no ano de 2006 que passou o ano inteiro sem este clássico, este ano pelo menos teremos dois, com duas vitória para o maior do Estado, o time de primeira.

ATLEtiba nos faz voltar no passado, na minha cabeça logo vem o primeiro jogo em que o meu pai me levou, ATLEtiba em 1983, final do Paranaense, Atlético bicampeão, este jogo para mim é inesquecível, mas eu me recordo de muitos outros ATLEtibas, quem não se lembra do Cori, Cori, Cori, Cori de campo, o famoso jogo da entrega das faixas de 1985, onde o adversário fugiu de campo, medo de levar uma goleada do então Campeão Paranaense.

Lembro muito bem do primeiro Atletiba no Pinheirão, em 1986, se não me falha a memória vencemos por 2 a 1, me recordo de um dos gols, onde o nosso atacante Renato Sá recebeu a bola na linha de fundo, o Rafael saiu em cima dele, levou o drible e aí a bola foi cruzada na cabeça do atacante Joel, gol do Atlético.

E aquele clássico que vencemos com um gol de Cambé, no Pinheirão, um chute quase do meio-de-campo encobrindo o goleiro Toinho, um golaço.

Não posso deixar de citar aqueles clássicos de 1989, onde o ****tiba tinha um time bem superior ao nosso, mas era bonito de ver como o nosso Atlético entrava em campo com raça, se o resultado era adverso, perdíamos na bola, nunca corremos e nunca iremos correr deles.

E o ano de 1990, o que dizer, talvez uma palavra resuma toda a história: ‘Berg’ (risos), passamos o Campeonato todo sem vencer o rival mas assim mesmo nos consagramos campeões, merecido, pois fomos humilhados pelo técnico dos trouxas, o então P.C. Carpegiani, mas não podemos esquecer de certos personagens deste ano: Presidente Farinhaque, do matador Dirceu, do maestro Gilberto Costa e do talentoso Carlinhos Sabiá, junto com André, Valdir e cia. Para variar, este ano, num clássico destes, direto de um bar de esquina para as arquibancadas, surgiu a famosa, a mais cantada até hoje, conhecida por todos que acompanham o futebol, o Atirei um pau nos coxa…que criatividade, fantástica!

Outro clássico que me marcou foi a despedida do Carlinhos Sábia em 1992. Vencemos a partida por 3 a 1, antes do fim da partida o nosso ídolo foi substituído, lembro dele chorando nos braços do presidente Farinhaque, isso é Atletico, paixão até a morte.

Após a saída do Carlinhos, surgiu no Atlético o matador Renaldo, carrasco dos trouxas, em todos os clássicos ele marcava o dele, lembro de uma vitória de virada no Pinheirão onde o Renaldo fez o gol da vitória, nossa, me recordo deste dia como se fosse hoje, em gostava de ficar na geral do Pinheirão agitando as bandeiras da Fanáticos, na hora do gol do Renaldo, eu olhei para os lados e aí percebi que não sobrou nenhuma bandeira para eu agitar, rapidamente eu corri em direção a outra torcida, a pequena Ressaca Rubro-Negra, peguei uma bandeira deles e fui até a torcida adversária agitar com toda a alegria, que festa!

Os anos foram passando, até que chegou naquele maldito clássico da Páscoa de 1995, para variar eu estava presente, fui um dos últimos a sair do estádio, desanimado, vendo a alegria da pobre torcidinha adversária, mas eu sabia que um dia viria o troco.

No Brasileirão de 1996, quem não se lembra do gol do Oséias aos 47 minutos do segundo tempo na velha Baixada, admito para vocês que nesta hora eu estava na Brigadeiro esquina com a Rebouças, tinha saído do estádio até que eu ouço a galera gritar, é gol do Atlético, eu voltei imediatamente para dentro do campo, meu pai todo feliz me deu um conselho: Aí burro, nunca dê as costas para o campo antes do apito final, futebol é um jogo e ele só acaba depois que o juiz apita. Depois do conselho veio a lembrança, pois o meu pai estava naquele do Ziquita, ele fez como eu, abandonou o estádio quando estava 4 a 0 para o Colorado, deu no que deu, virou história e ele perdeu tudo.

Em 1996 e 1997, surgiu outro carrasco dos trouxas, o Paulo Rink, gostava de deixar a sua marca contra eles, ficou dois anos fazendo gols na coxarada, até que veio o troco, em 1997, aquele inesquecível 5 a 2 de virada, que por sinal o Paulo Rink não jogou, pois se jogasse, teríamos feito uns dez, após estar perdendo por 2 a 0, viramos o jogo, teve de tudo naquele jogo, três gols em apenas seis minutos, dança da bund**** do Andrei, gol do Jorginho pé murcho, até o saudoso Nowak deixou a sua marca, e é claro, o Oséias deixou o dele, enfim, o troco estava dado, cala a boca coxarada, só faltava calar a boca deles na questão da famosa estrelinha, esta foi calada quatro anos depois. Além do Paulo, apareceu o Luisinho Neto para assustar a coxarada, logo na sua estréia, jogando de chuteiras vermelhas, ele fez um golaço de fora da área no Couto, infelizmente o bandeirinha anulou o gol alegando que o Paulo Rink estaria impedido, que raiva, empatamos aquele clássico e demos de bandeja o título nas mãos do Piorado Clube, uma injustiça.

Mas em 1998 lavamos a égua, véspera de carnaval, vencemos os coitadinhos com gols de Tuta e Luisinho Neto no Pinheirão. Nas finais apareceu mais uma figura que ficou para a história, o meia Nélio, que fez o gol do empate na primeira partida realizada no chiqueiro e fez um gol olímpico no segundo jogo no Pinheirão na goleada por 4 a 1. O jogo da final foi só festa, 2 a 1.

Em 1999 tivemos dois ATLEtibas de encher os olhos, que não se recorda dos dois classicos na Copa Sul, vitória atleticana por 3 a 0 e 3 a 1. Lembram das torcidas, praticamente divididas em 50%? Agora eu pergunto a vocêis, houve morte? Podem me chamar de louco, mas sinceramente eu sou a favor de clássicos com torcidas iguais, ou pelo menos 70% e 30%, esta é a minha opinião, pois 10% é covardia.

Voltando a história, chegou o novo século, novo estádio e o freguês velho. Na Arena tivemos vitórias memoráveis, aquela com o gol do Lucas no finalzinho, 3 a 2. E do jogo da correntinha do Kleber, foi perdoado porque foi dele o gol da vitória por 1 a 0. Tivemos gol até de bicicleta feito pelo Ilan, na vitória por 2 a 0 em 2003.

O ano de 2005 foi um ano inesquecível, aquele título vencido nos penáltis com o último gol feito pelo Lima, logo ele, iluminado, fez a coxarada morrer de raiva, Laranja Lima.

Após o título paranaense, enquanto estávamos disputando as finais da Libertadores, tivemos pela frente o primeiro ATLEtiba do Brasileirão. Até o momento, nós não tinhamos vencidos sequer um jogo, entramos com o time reserva em campo, eu fiz questão de sentar nas arquibancadas tubolares, aquelas mesmas que nos tirou o título da América, enfim, vencemos o jogo por 1 a 0 com gol de Evandro. Foi a primeira vitória do então lanterna do campeonato. O tempo passou, a bola rolou até que eu fui no chiqueiro para assistir o segundo ATLEtiba do campeonato, não deu outra, cavamos o buraco para eles serem enterrados para a segundona, que alegria Gionédis, e que golaço o Lima fez, calando a coxarada, depois o Paulo Andre sacramentou a vitória, segundona neles, sai do chão que eu quero ver coxarada!

Quanta história, este classico é tudo de bom, depois de 2005 tivemos mais uns clássicos interessantes, tivemos algumas vitória expressivas mas que não resultaram em títulos, em 2008 vencemos dois ATLEtibas, perdemos um e não ficamos com o título, em virtude da burrice de dois jogadores: Danilo e Vinícius.

Seria muita injustiça eu acabar este texto (depois de relembrar inúmeras vitórias inesquecíveis) falando de derrotas, mas garanto a todos os atleticanos que aquela derrota no último ATLEtiba no ano passado nos fez um bem, olhem só onde nós estamos, e eles, ganharam o quê? (risos)

Boa semana a todos, está chegando a hora, dia de comer coxa! Saudações rubro-negras, em especial gostaria de mandar lembranças para um torcedor que me enviou um e-mail dizendo que tem vergonha de ser atleticano por causa de mim, sem-vergonha é aquele que não tem história para contar, passe bem!



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