Reflexões sobre um zagueiro
Antigamente os reis e imperadores eram conhecidos pelas denominações um tanto curiosas, que refletiam as personalidades, o caráter e as suas obras. Havia Felipe, o belo; João, o bom, Guilherme, o conquistador; Ivan, o terrível; Pedro, o grande e Afonso, o sábio.
Se Rafael Santos vivesse naquela época e tivesse a oportunidade de ter nascido na nobreza, provavelmente iria ser denominado Rafael Santos, o perdedor; ou quem sabe: Rafael, o rebaixador…
Sinceramente tenho pena desse rapaz. Parece um atleta cumpridor de suas obrigações, bom pai de família e honesto. Teve uma passagem ótima pelo Atlético, antes de se transferir para a Itália. Lembro de um gol contra o São Paulo em pleno Morumbi, um verdadeiro gigante em campo. Também fez gol contra o Sport em plena Ilha do Retiro em vitória atleticana. Trata-se de um atleta que já demonstrou raça, dedicação, técnica e profissionalismo.
Rafael, nesta tua passagem pelo Furacão, o azar e o fracasso estão ao teu lado. Sei lá, ou costuraram a boca do sapo com teu nome dentro, ou fizeram um despacho na encruzilhada lá pelos lados da Baixada.
Peça para não jogar mais. Aproveite este resto de contrato e fique treinando no CT, se aprimore física e psiquicamente. Quem sabe no ano que vem, seja no Atlético ou em outro clube você possa voltar a jogar futebol.