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23 dez 2011 - 21h00

[Promoção Brasileiro 2001 – 10 anos] Paixão em Cinza e Preto

Pela televisão, a velha Philco preto e branca lá de casa, tive o primeiro contato com aquela que seria uma das maiores paixões da minha vida. Era o Atlético Paranaense que vencia no jogo das finais do campeonato o São Paulo, foram 2×1, no ano de 1983. Logo de cara me identifiquei com o time que, assim como eu, era paranaense. Pouco sabia sobre o futebol, mas é assim, as verdadeiras paixões são a primeira vista. O engraçado que só soube que eu era um rubro-negro através de um álbum de figurinhas. Afinal, na velha Philco, o meu time, o Atlético Paranaense exibia as cores do tubo, Cinza e Negro.

Passaram os anos, e a paixão continuou, e como paixão platônica, afinal, morava em Castro, e só tive a chance de ver um jogo de verdade depois de adulto. As poucas chances na época de ver um jogo pela tevê eram supridas com as notícias do jornal, pois não existia internet. Velhos tempos, ou será eu que estou ficando velho? Talvez os dois. Acompanhei pelo jornal e com a zebrinha da loteria no fantástico os resultados dos jogos.

Quando fui para a faculdade era um dos poucos atleticanos declarados e sempre fui zoado, pois naquela época estávamos na segundona. Mas nunca perdi a esperança. Sabia que aquele time que derrotou brilhantemente o São Paulo em 83 haveria de ser campeão. Apenas em 96 estávamos na elite de novo, mas tínhamos Oséas e Paulo Rink, e como aquele time me encheu de orgulho, não chegamos lá, mas tinha certeza, esse time haveria de ser campeão.

Fora do Brasil, fazendo estágio, fiquei sabendo pelos amigos, que vencemos a seletiva para a Libertadores. Imagina, estamos na Libertadores, e novamente não pude assistir. Mas em 2001 estava de volta, em casa, e sem grana, mas já podia acompanhar pela internet o Furacão. Assim, jogo após jogo, a inacreditável campanha foi ganhando força e tinha certeza, aquele time seria o campeão. Outra vez pela tevê, agora a cores, vi os jogos das finais e sabia que naquele dia, contra o São Caetano, seríamos campeões. Fui ao bar do Bugio, no centro da cidade, onde havia um telão e centenas de atleticanos reunidos com trio elétrico, cerveja, bandeiras, camisetas. Ali todos sabíamos: aquele time haveria de ser campeão. Explodimos ao marcar o gol da vitória, e vi ai uma das cenas que mais me orgulharam na minha vida. Uma multidão atleticana comemorando juntos um campeonato inacreditável. A maior comemoração de um campeonato organizado na cidade de Castro. Afinal, sabíamos, aquele time haveria de ser campeão, e seremos de novo. Atleticanos, para sempre.



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