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2 jan 2013 - 11h32

De volta para o futuro?

O Furacão voltou. Voltou para a Série A, depois de uma difícil temporada em que precisou se reinventar para disputar a segunda divisão após 16 anos na elite do futebol brasileiro. Mas, agora, vai precisar se reinventar novamente para voltar a ser um clube de vanguarda.

Possível? Sim, pois para isso temos estrutura, dinheiro e uma torcida inflamada que segue o time em toda parte, até mesmo nos momentos mais difíceis. Mas é preciso ter ambição e mudar paradigmas para retomar o caminho que, em algum ponto do passado, foi deixado para trás. É preciso voltar ao futuro para fazer do Atlético, novamente, um campeão!

Temos um patrimônio invejável e estamos reformando a Arena para receber os jogos da Copa do Mundo, mas o futebol do Atlético, há anos, vem sendo negligenciado – o que custou inclusive a queda recente para a Série B e nos rende um jejum de títulos constrangedor.

Não se pode defender contratações bombásticas, investimentos elevados em medalhões em final de carreira que custam muito e produzem pouco. Mas também não se pode continuar apostando em jogadores desconhecidos dos países vizinhos, que chegam ano após ano para encher as prateleiras do clube, pouco ou nada são aproveitados e vão embora sem deixar saudades. Não existe bom e barato; existe barato que sai caro.

Solução mágica não há, mas é inexplicável, por exemplo, o fato de o Atlético ter um dos melhores (e mais elogiados) centros de treinamento do Brasil e não conseguir revelar um atleta de nível há tanto tempo (aliás, é bom que se diga, nossas grandes revelações não saíram do CT do Caju, mas sim do PSTC).

Então, o que há de errado com o departamento de formação atleticano? Será que não é possível encontrar um Pato, um Neymar ou um Lucas nas nossas categorias de base? Será que não é possível acompanhar o desenvolvimento de um atleta e, literalmente, forjar o seu talento?

É preciso usar os meios e recursos de que dispomos se quisermos um futuro promissor no futebol. Ter um grande patrimônio e uma bela torcida, não possuir dívidas (como uns e outros), tudo isso é muito importante… Mas um clube de futebol não pode esquecer e deixar de lado a razão da sua existência.

Portanto, apostas devem ser feitas nas categorias de base do próprio clube e não em atletas da “Gringolândia” – até porque, os pratas da casa têm maior identificação com o clube e “falam a nossa língua”.

Escolher a dedo as contratações e montar equipes com jogadores formados em casa é a fórmula que vem dando certo em vários times, por que não aqui? Parece ser esse o caminho que pode levar o Furacão de volta para o futuro… vencedor.



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