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19 jun 2013 - 10h39

Os três primeiros anos de duas épocas

Diretoria nova, novos objetivos e novas esperanças após muito tempo de sofrimento com times, estádio, promessas e decepções. O ano de 1996 se inicia com um acesso histórico e um título pouco provável na ultima rodada. Nos elencos de 96/97/98 podemos citar:

– Jogadores garimpados no interior do Brasil: Flávio, Ozéias, Adriano, Kleber, Vanin, Alberto, Tuta, Wilson, Alex e mais alguns.
– Promessas jovens contratadas de fora do CT: Lucas, Cocito, Gustavo, Warlei,Perdigão, Adauto.
– Jogadores experientes para a mescla – Ricardo Pinto, Jorge Luis, Luis Carlos, Luizinho Neto, Andrei, Jean Carlo, Kelly, Edinho Baiano, Nélio, Paulo Miranda e mais alguns.
– Revelações do CT, Paulo Rink, Leomar, Alex, Kleberson, Renato, Clovis, Douglas.
– Herança da diretoria anterior – Reginaldo.
– Estrangeiros – Nowak e Piekarski.

O campeonato brasileiro de 1996 segue com o Atlético fazendo boa campanha e classificado para os playoffs, sendo irredutível nas negociações com o Clube dos 13 para a transmissão de um jogo contra o Atlético MG, o Atlético não cede a transmissão. No ano seguinte consegue entrar no seleto grupo e obtém uma melhor fatia nos direitos das futuras transmissões dos campeonatos brasileiros.

Primeira Arena do Brasil é iniciada e construída em 18 meses sem aproveitar absolutamente nada da então “Nova Baixada” inaugurada em 1994. Nos anos seguintes com o estádio mais moderno e mais bonito do Brasil, aliado com a estrutura do CT do Caju e de boas contratações, as esperanças e as promessas se concretizam. Bons times são formados tendo uma torcida fanática como aliada fazendo a diferença na Arena sendo o décimo segundo jogador, em certos jogos chegou a ser o primeiro jogador da partida. As conquistas chegam, seletiva, vagas para as Libertadores, título nacional e grandes campanhas internacionais.

Diretoria de 96/97/98 assume novamente em 2011 e retorna para a primeira divisão do brasileiro num campeonato em que ocorrem turno, returno e quatro equipes com direito aos acessos.
– Jogadores garimpados no interior do Brasil – Naldo, Ederson, Matteus, Drauzio, Pedro Gusmão e mais alguns.
– Promessas jovens de fora do CT – Jean Chera, Crislan, Léo,Pedro Botelho, Zezinho.
– Jogadores conhecidos para a mescla – Marcão, Elias, Ciro, Saci, João Paulo, Maranhão, Weverton, Everton, Felipe e mais alguns.
– Revelações do CT – Manoel, Cleberson, Devid, Heracles, Foguinho, Marcelo.
– Herança da diretoria anterior – Paulo Baier.
– Estrangeiros – Liguera ,F Merida.
A historia é escrita e definida com o passar do tempo através dos resultados, mas se observa um abismo de distância entre estes jogadores e elencos. Trabalhava-se melhor nas contratações e na base durante a primeira época.

Algumas promessas de campanha da segunda época em entrevista antes da eleição para Gazeta do Povo.
– Mas hoje o senhor está dizendo que a equação mudou? Correr algum risco, vale a pena agora?
R: Completamente. O futebol será nossa prioridade, mas nenhum sacrifício que venha do futebol e seus produtos será preciso ir para os tijolos. – JÁ NÃO É BEM ASSIM.
– Surgiu o boato de que o Farinhaque ( presidente em 1990) poderia ser o diretor de futebol?
R: Não existe a menor possibilidade. Podem me cobrar: não terá nada velho no Atlético, só eu. Vai ser tudo novo, vamos passar o rodo, não fica um, meu irmão, e não volta um. – O VELHO ANTONIO LOPES É CONTRATADO.

A Arena para a Copa do mundo tinha praticamente 60% do estádio pronto antes das adequações FIFA, se a entrega for ao fim do ano de 2013, representará 24 meses e a promessa era de um ano de obras, ou seja, a entrega era para 2012.
– Em 10/08/12 – “Petraglia, depois de não conseguir a entrega para o fim de 2012, promete Arena pronta e coberta para junho-2013”. – A DATA LIMITE AGORA É 05/01/14, dois anos e muitas sedes.

O ano de 2012 começa- ‘Petraglia diz que Atlético priorizará competições nacionais”. Abandonou-se o estadual com a desculpa de que esta competição está falida. Dirigentes se movimentam na tentativa de resgatar a Sul Minas com um discurso messiânico para a salvação de todos os times de fora do eixo RJ-SP. Como resultado prático, nota zero, a exposição ficou ridícula a nível nacional, tanto é que ninguém mais fala neste devaneio. Perdemos em mais um ano o titulo estadual e deixamos de investir no campeonato da federação que somos filiados, deixando de melhorar o seu nível e valorizá-lo no futuro, pois é a competição que teremos por enquanto. Não sentimos tanto a perda na final, doeu menos, pois deu gosto de ver a luta destes meninos do sub 23 e com a esperança de que a super mega hipo pré-temporada dessem resultados positivos nas primeiras rodadas do nacional, pois os primeiros pontos valem os mesmos que os últimos e historicamente começamos sempre mal o nacional e terminamos razoavelmente ganhando os jogos no fim da competição. Mas o resultado foi muito menos do que o esperado. O pior ainda é a noticia de que a direção está satisfeita com o planejamento e que Ricardo Drubscky está fazendo um trabalho excepcional, que fica triste e sente mais que todo mundo quando o Atlético perde. Lembrando-se do MCP em 96, demitindo Jean Carlo no vestiário é difícil de compreender tal declaração.

No fim do campeonato estadual de 2012, as transmissões dos jogos, (que não ocorreram prejudicando patrocinadores e torcida), são questionadas em uma entrevista na rádio CAP, perguntando da possibilidade de transmissão das finais, MCP lembra o episodio de 96 no jogo contra o Atlético MG em que ofereceram um bom valor para a transmissão. Disse que jamais aceitaria um acordo agora para a transmissão das finais. Dois dias depois “O Clube Atlético Paranaense informa que assinou contrato com a Rede Paranaense de Televisão para transmissão das partidas decisivas do Campeonato Estadual deste ano e de todos os jogos dos Estaduais de 2014 e 2015. O acordo prevê as transmissões em televisão aberta e também nos canais fechados da Globosat. Além das razões de âmbito comercial, o Clube Atlético Paranaense levou em conta a parceria de longa data com as Organizações Globo com quem sempre manteve excelente nível de relacionamento.

Depois do anuncio de que a Netshoes não renovaria o contrato para o ano de 2013, o Marketing através de Mauro Holzmann diz. “Muitas empresas vieram nos procurar, mas até agora ainda não temos nada definido. A ideia é acertar com o novo patrocinador até o fim do mês (janeiro)”, revelou Mauro Holzmann, diretor de marketing do Atlético. – Até agora, quase mês de JULHO, mangas sem patrocínio.

Antonio Lopes vem a publico e diz em entrevista a Lancenet: Time brigará por G4 do Brasileirão.

– Pensando na equipe principal, qual deve ser a expectativa do torcedor?
R: Acho que a equipe fez uma pré-temporada que outros clubes não tiveram oportunidade de fazer, no exterior, disputando torneio com boas equipes da Europa, ganhando um torneio na Espanha. Assim como deu tudo certo para a equipe Sub-23, tem tudo para dar certo com o time principal. O time principal comprovou que é bom, com a conquista do torneio internacional e a passagem de fase da Copa do Brasil. Eu acho que o Atlético está com um bom time, tem bons jogadores. Seus resultados iniciais são o prenúncio de uma temporada muito boa. Na Copa do Brasil, a equipe tem todas as condições de lutar pelo título. Considerando que temos grandes equipes que vão disputar, acho que essa equipe comandada pelo Ricardo (Drubscky) tem condições de beliscar uma vaga na Libertadores no Brasileiro. Não vou dizer que será campeã, MAS POSSO GARANTIR QUE TEM UMA EQUIPE QUE LUTARÁ PELOS PRIMEIROS LUGARES.

Em meios aos protestos que movimentam o Brasil, é bom lembrar que a vida é dinâmica, tudo muda, pessoas mudam e o futebol muda também. Tivemos grandes momentos na primeira etapa, mas a partir de 2006 entramos em dormência. Os discursos e as atitudes também mudaram. Hoje somos o clube do futuro assim como o Brasil sempre foi considerado o pais do futuro que nunca chega. A nação atleticana deseja que depois de 2014, a estagnação e o ostracismo iniciado em 2006 desapareçam, que não surjam mais obras, reformas, promessas, mudança de rumo, invenções, desculpas ou coisas assim. Que os rendimentos e as expectativas da Arena, tanto financeiros, como dentro do campo e com a torcida acreditando nas propostas dobrem o numero de associados lotando as cadeiras confirmando que éramos o clube do futuro e que agora somos um clube do presente.



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