Maurício Matsueda

Na noite desta quarta-feira (31), inicia-se uma dura sequência de jogos, não só para o Furacão, mas para todas as equipes da Série A. Entre os dias 31 de julho e 18 de agosto, o Rubro-Negro entrará em campo seis vezes e precisará de bons resultados nesta série de jogos para se afastar cada vez mais da zona de rebaixamento do Brasileirão. O Furacão vai à campo nesta quarta-feira, às 19h30, para enfrentar o Atlético-MG no Estádio Raimundo Sampaio, o Estádio Independência.

Mesmo com o título da Libertadores da América, o Galo vem em busca da recuperação no Campeonato Brasileiro, já que foi derrotado pelo Cruzeiro, no clássico mineiro do último final de semana. O Atlético-MG entrará com força máxima em campo para buscar a reabilitação. Agora a equipe mineira visará o Campeonato Brasileiro de recuperação, já que nas nove primeiras rodadas a equipe comandada por Cuca não estava focada apenas no certame nacional.

A primeira partida em que o Galo estará 100% focado é contra o Rubro-Negro. Coloco como sorte ou azar, pois na atual situação do Furacão, uma derrota para o campeão da América poderá ser tratada como algo normal, mas caso venham os três pontos para o Furacão, a sorte pode entrar em campo e deixar que o Rubro-Negro busque de vez a recuperação na Série A, se afastando mais da zona de rebaixamento.

Cuca deverá armar o Atlético-MG no 4-2-3-1, esquema que ficou marcado por deixar Diego Tardelli como um meia-atacante e apenas o Jô ficando como homem de referência no ataque. Mas o ataque do Galo é flutuante. Em diversos momentos, Tardelli estará na referência e deixará Jô na meia cancha e a mesma situação ocorre, mas em menor intensidade, com Bernard e Jô fazendo a inversão. Além de todo o perigo que o meio- campo do Galo possa oferecer, as subidas de Marcos Rocha pela direita podem fazer com que a equipe mineira leve vantagem em jogadas de velocidade.

Caso aconteça alguma variação tática no alvinegro mineiro, a provável alteração será apenas no esquema, mas mantendo os mesmos jogadores em campo. Caso o treinador do Atlético-MG, Cuca, perceba fragilidade no sistema defensivo rubro-negro, ele poderá colocar o Galo no 4-4-2, com o meio formando um quadrado, com os dois volantes bem postados na cabeça de área, Ronaldinho Gaúcho pela direita e Bernard pela esquerda. Se jogar no 4-4-2, Marcos Rocha e Richarlyson terão total liberdade para subir ao ataque durante todo o jogo para triangular com os meias e os atacantes. Para formar a equipe, Cuca terá três desfalques: o zagueiro Gilberto Silva, o volante Leandro Donizete e o atacante Guilherme.

Escalações

Atlético-MG*: Victor; Marcos Rocha, Réver, Leonardo Silva e Richarlyson; Pierre e Josué; Diego Tardelli, Ronaldinho Gaúcho e Bernard; Jô.

Atlético-PR*: Weverton; Léo, Manoel, Luiz Alberto e Pedro Botelho;Bruno Silva, Juninho, Elias e Everton; Marcelo e Dellatorre.

* Escalações não foram confirmadas pelos técnicos.

Fique de olho: Ronaldinho Gaúcho e Bernard. Ambos conseguem belas e importantes jogadas em um pequeno espaço. A marcação terá que ser rápida e sempre com mais de um jogador, porque no mano a mano a vantagem deverá ser sempre dos meio-campistas mineiros.

Caminho da vitória: Aproveitar a deficiência técnica que o goleiro Victor tem em conseguir efetuar a defesa sem dar rebote. Na fase final da Libertadores, ficou claro que Victor tem sorte, tem estrela, mas também não tem confiança para encaixar a bola em certos momentos e prefere dar rebote. O Furacão precisará de duas coisas para provar isso: Elias e Everton precisarão arrematar de média distância e os atacantes terão que mostrar oportunismo.