Análise do jogo: Com emoção, mas veio a classificação
Atlético e Internacional fizeram uma partida emocionante e disputada. Para este jogo, que se tornou histórico para o Furacão, Vagner Mancini iniciou a partida com Juninho e Dellatorre como titulares. Já Clemer, técnico do Internacional, começou com os mesmos titulares do Grenal.
Do primeiro minuto do jogo até os 27 do primeiro tempo, o Atlético tomou conta da partida. Era pressão desde a saída de bola do Internacional, marcação duplicada e às vezes triplicada pelos lados do campo, rápida transição defensiva, time ordenadamente compactado e mais intenso que o time adversário em todo o campo. Ao mesmo tempo que todos estes aspectos rubro-negros aconteciam, a equipe gaúcha não conseguiu sequer chegar ao gol de Weverton.
Porém, depois destes 27 minutos iniciais de impulso atleticano, o Internacional entrou no jogo. Para que isto acontecesse, o jovem meia Otávio aparecia nos espaços entre DAlessandro e Leandro Damião e, ainda, no espaço que as subidas de Léo deixava. O camisa 33 colorado comandou, até o fim do primeiro tempo, as ações ofensivas gaúchas e fez com que o seu time ficasse com a posse da bola (iria terminar com 55%). Mas mesmo com o domínio da bola, o Internacional não conseguiu criar boas chances de gol. Já que no primeiro tempo, o time colorado finalizou três vezes enquanto que o Atlético arrematou quatro. Isso tudo graças ao sistema defensivo rubro-negro montado por Vagner Mancini.
Este sistema defensivo tinha Deivid, Zezinho e Éverton flutuando à frente da linha defensiva; Léo, Manoel e Luiz Alberto marcando por zona e Juninho, mesmo jogando na lateral esquerda, marcando individualmente DAlessandro. Com a movimentação na diagonal direita de Otávio, esta projeção do meia colorado encontrou alguns espaços no sistema defensivo atleticano. O flagrante abaixo mostra um desses espaços que Otávio achou na defesa rubro-negra:
Marcação individual de Juninho em DAlessandro anulou o argentino, mas abriu alguns espaços para Otávio [arte: Caio Gondo]
No intervalo, Clemer colocou Diego Forlan no lugar de Otávio. Já Vagner Mancini inverteu o posicionamento de Dellatorre e Éderson, fez com que Everton atacasse na diagonal direita e, ainda, voltou com o Furacão asfixiante do começo do primeiro tempo.
Alterações realizadas no intervalo [arte: Caio Gondo]
Com as alterações rubro-negras, o Atlético dominou os primeiros dez minutos de segundo tempo. Devido à pressão ativa no homem da bola exercida de todos os jogadores atleticanos, o Internacional ficou acuado no seu campo de defesa.
Porém, essa pressão do Furacão durou somente dez minutos. Até os 30 da segunda etapa, o Internacional neutralizou os comandados de Vagner Mancini e passou a ficar com a posse da bola novamente. Mas como o jogo estava se aproximando do seu fim e com o sistema defensivo rubro-negro funcionando, restou para o Colorado a busca de seu gol através de lançamentos. No total, foram 73 lançamentos gaúchos e somente 25 realizados com êxito. Estes números mostram como o sistema ofensivo do Internacional foi infeliz.
A entrada de Douglas Coutinho, no lugar de Dellatorre, aos 24, não modificou o esquema de jogo, mas sim a postura do time. Com um novo atacante, o Atlético passou a iniciar a sua marcação na intermediária ofensiva, a segurar a bola, a procurar os seus fatais contra-ataques e ditou o ritmo da partida até o seu fim. As entradas de Ciro e Renato Chaves, já no fim do jogo, caracterizaram estas intenções de Vagner Mancini.
Distribuição dos jogadores após todas as substituições [arte: Caio Gondo]