11 nov 2013 - 8h47

Análise do jogo: Vitória dominadora sobre o São Paulo

A vitória contundente por 3 a 0, ontem, sobre o São Paulo, credenciou ainda mais a equipe do Atlético a ganhar outras conquistas. O 4-3-1-2 atleticano prevaleceu sobre o 4-2-3-1 tricolor paulista.

Atlético no 4-3-1-2 e São Paulo, no pouco utilizado, 4-2-3-1 [arte: Caio Gondo]

Muricy Ramalho, técnico do São Paulo, mudou o esquema tático de sua equipe para jogar contra o Furacão: do 3-5-2 para o 4-2-3-1. Esta troca de esquema foi com intuito de espelhar a distribuição dos jogadores rubro-negros. Mas como o Furacão não joga neste esquema, mas no 4-3-1-2, o lateral direita do São Paulo, Paulo Miranda, marcou somente as subidas pela esquerda de Everton, mas não o neutralizava quando o camisa 22 atacava pelo meio ou pela direita. Observem pelo flagrante abaixo, as linhas dos quatro defensores e dos dois volantes paulistas e como Everton conseguia transitar livremente quando não atacava pela esquerda:

As movimentações de Everton pelo meio e pela direita fizeram a defesa paulista ter dúvida em quem marcá-lo [arte: Caio Gondo]

Apesar dos comandados de Vagner Mancini conseguirem achar o livre Everton por toda partida, foi somente no terceiro gol rubro-negro que teve participação efetiva dele pelo lado direito. Já que no primeiro gol atleticano, a jogada iniciou a partir de uma roubada de bola de Bruno Silva no meio do campo e o segundo foi de um escanteio cobrado por Paulo Baier.

Do início do jogo até o gol de Marcelo, o 4-3-1-2 do Atlético jogou compactado entre as duas intermediárias, apresentou rápidas transições defensivas e ofensivas, a tendência do time era de atacar pela direita e jogou com maior intensidade de marcação no meio de campo. Deste modo, mesmo com o São Paulo tendo a posse de bola, a velocidade rubro-negro contrastava com a lentidão tricolor nas transições de jogo. Após o gol de Marcelo, o Furacão passou a ter somente dois jogadores que não voltavam tanto e passou a marcar com duas linhas de 4. Sendo que a segunda linha, muitas vezes, era composta com Marcelo aberto pela direita.

Por todo o primeiro tempo, o São Paulo ficou com mais posse de bola (terminou a partida com 61,70%), mas realizou pouco perigo à meta de Weverton. No primeiro tempo, foram 7 finalizações, sendo que somente duas foram no gol.
Para o segundo tempo, Muricy Ramalho colocou o atacante Osvaldo no lugar de Denilson e alterou as posições de vários jogadores, mas manteve o 4-2-3-1 do início do jogo. Ao mesmo tempo que houveram estas trocas de posições, o São Paulo passou a marcar pressão desde a saída de bola atleticana e acabou deixando o Atlético somente em seu campo defensivo. Porém Vagner Mancini também pediu para o que o seu time passasse a marcar somente atrás do meio de campo, pois assim haveria ainda mais espaços para os fatais contra-ataques rubro-negros.

Cenário que perpetuou por todo o segundo tempo: Atlético marcando atrás do meio de campo com as 2 linhas de 4 e o São Paulo com a posse de bola [arte: Caio Gondo]

Mesmo com o Tricolor paulista pressionando, os comandados de Vagner Mancini não se perderam na marcação e mantiveram a postura da equipe para o contra-ataque. Com Marcelo e Everton bem abertos, o time abusou dos lançamentos para ambos. No total, foram 49 lançamentos. Sendo que 18 foram certos e 31 executados de maneira errônea.

Das três substituições de Muricy, somente uma realizou uma alteração de movimentação. A entrada do volante Wellington no lugar de Maicon fez com que o 2° volante tricolor atacasse na diagonal invés de subir somente à frente. Ao perceber esta modificação de movimentação, Vagner Mancini colocou Deivid no lugar de Bruno Silva, pois assim a nova movimentação do volante tricolor era marcada por um jogador que acabara de entrar.

Assim como duas das substituições do São Paulo, duas do Atlético pouco alteraram o modo de jogar do time. Deste modo, assim como todo o jogo, o time paulista ficava com a posse de bola, mas era o Atlético que realizou as melhores oportunidades de gol. Principalmente através de seus contra-ataques puxados por Marcelo e Everton e, muitas vezes, oriundos de lançamentos.

Disposição tática dos jogadores após as substituições [arte: Caio Gondo]



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