Justiça liberta 17 acusados de envolvimento em briga
Dos 21 acusados de envolvimento na briga generalizada na Arena Joinville, na partida entre Atlético-PR e Vasco pela última rodada do Brasileirão 2013, 17 foram libertados. A decisão foi tomada pela juíza substituta da 1ª Vara Criminal de Joinville, Luciana Lampert Malgarim, sob argumento de que os ‘fundamentos necessários à manutenção da segregação’ não estão mais presentes. Outros sete torcedores tiveram a prisão preventiva mantida, mas dentre eles três estão foragidos.
Segundo Luciana Lampert Malgarim, por meio da publicação legal, a decisão vai de encontra à um inevitável ‘excesso de prazo na formação da culpa, o que reforça o entendimento pela necessidade de revogação da preventiva, sendo necessário guardar-se sua ocorrência, para só então impor-se uma solução’.
– Observo que, passados mais de 30 dias da prisão cautelar dos acusados, não vislumbro a permanência do requisito de ameaça à ordem pública – argumentou a magistrada.
Entre as sete mandatos de prisão mantidos, três se dão por ainda estarem foragidos. Outros quatro acusados seguem sob cuidado da justiça por ainda representarem uma ameaça à ‘ordem pública’ por antecedentes criminais, ‘por sentença criminal transitada em julgado por crime previsto no Estatuto do Torcedor’, ou por tentativa de homicídio.
Entenda o caso
A briga generalizada entre torcidas aconteceu no dia 8 de dezembro em jogo entre Atlético-PR e Vasco da Gama. Quatro pessoas ficaram feridas, um deles em estado grave diagnosticado com fratura no crânio. A confusão paralisou a partida aos 17 minutos do primeiro tempo. Os torcedores feridos foram encaminhados a hospitais da região e liberados dias depois.
No dia da confusão, três torcedores do Vasco foram presos em flagrante por tentativa de homicídio. Em 19 de dezembro, a Polícia Civil fez uma operação denominada "Cartão Vermelho" para cumprir 28 mandados de prisão preventiva. Destes, 25 pessoas nos estados de Santa Catarina, Paraná e Rio de Janeiro foram presos. Segundo o delegado Dirceu da Silveira Junior, coordenador da operação, três torcedores cariocas são considerados foragidos.