Caio Gondo

Dois atacantes ou três? Três zagueiros ou uma dupla de zaga? Reforçar o meio-campo? As opções do técnico Doriva para montar o time do Atlético para a partida contra o Botafogo, domingo, na Arena, são muitas. A revisão na formação ganha força principalmente pelo retrospecto recente do time, com duas derrotas consecutivas – para Fluminense e Atlético-MG – que culminaram com críticas e desconfiança à formação com três atacantes.

Desde a vitória contra o Criciúma, o técnico Doriva mantém o time titular com Marcelo, Douglas Coutinho e um centroavante (Éderson ou Cléo). Porém a partir da derrota contra o Fluminense, a titularidade do trio de atacantes está sendo contestada pelos torcedores atleticanos. Tanto que, de acordo com a parcial da atual enquete promovida pela Furacao.com, a formação com três atacantes não deve ser mantida para a maioria dos participantes – 84,6% dos participantes são contrários à manutenção dessa formação, contra 15,4% favoráveis ao esquema.

Se optar pela mudança de esquema, o que Doriva pode fazer? Confira a análise tática com possíveis formações para o time atleticano no domingo:

4-3-1-2

Com tantas opções de volantes, a ideia de colocar mais um deles como titular é válida. Deivid, João Paulo, Otávio e Paulinho Dias podem dar mais proteção e combatividade à frente da jovem defesa rubro-negra. E ainda neste esquema tático, Bady pode compor a linha dos três volantes, assim como ele havia feito em dois dos quatro jogos no comando de Leandro Ávila.

Atlético com Otávio, Deivid, João Paulo e Marcos Guilherme formando um losango no meio de campo [imagem: FURACAO.COM]

4-2-2-2

Nesta opção de esquema tático, Marcos Guilherme ganharia um companheiro de posição para dividir a função de armas as jogadas ofensivas para o Atlético. Bady e Nathan são as opções do elenco rubro-negro. Mas ao mesmo tempo em que o sistema ofensivo é abastecido, o defensivo aparece com outros problemas. Já que manteria somente dois volantes à frente da linha defensiva e, ainda, diminuiria o combate pelos lados do campo.

Atlético com Deivid, Otávio, Bady e Marcos Guilherme formando um quadrado no meio de campo [imagem: FURACAO.COM]

4-2-3-1

Atualmente, o Atlético joga neste esquema tático. Marcelo e Douglas Coutinho jogam abertos pelos lados e com função defensiva de marcar as subidas dos laterais adversários, enquanto que Marcos Guilherme joga à frente dos dois volantes rubro-negros. Porém a falta de noção tática defensiva de Marcelo e Douglas Coutinho tem prejudicado o sistema defensivo.

Como mudança, a entrada de Bady – assim como havia acontecido na estreia de Doriva no comando do Atlético – ou Nathan na linha dos três meias pode dar maior consistência defensiva ao time. Já como opção mais defensiva, Paulinho Dias pode entrar no lado direito dos três meias, assim como ele havia feito na época de Miguel Àngel Portugal.

Atlético no 4-2-3-1, assim como havia sido na estreia de Doriva no Furacão [imagem: FURACAO.COM]

4-3-3

No 4-3-3, o Furacão teria um volante recuado tendo à sua frente dois jogadores que ajudariam ainda mais na marcação e, assim, partindo de mais longe para atacar. Como opção mais simples, o simples recuo de Marcos Guilherme já formaria o 4-3-3 na equipe. Já como possível mudança, a entrada de Bady, João Paulo e/ou Nathan à frente de um dos volantes formaria um 4-3-3. Porém neste esquema tático, Marcelo e Douglas Coutinho continuariam fazendo parte do sistema defensivo da equipe.

Atlético no 4-3-3, com João Paulo e Marcos Guilherme à frente de Deivid [imagem: FURACAO.COM]

3-5-2

A "novidade", em relação ao esquema tático na Copa do Mundo de 2014, também pode ser opção tática no Atlético. O 3-5-2 teria mais um zagueiro e livraria Sueliton e Natanael de algumas funções defensivas. Porém, com menos jogadores no meio do campo, a bola adversária chegaria com mais facilidade na intermediária defensiva rubro-negra. Já que com três zagueiros o modo do meio-de-campo marcar acaba alterando.

Atlético no 3-5-2, com Dráusio fazendo trio defensivo com Cleberson e Léo Pereira [imagem: FURACAO.COM]