Análise do jogo: A ousadia custou caro
Em sua terceira derrota em sete jogos no comando do Atlético, Doriva não conseguiu jogar contra o Santos de Oswaldo de Oliveira. O placar de 2 x 0 para a equipe paulista demonstrou a diferença de estágio dos dois times. Para a partida na Vila Belmiro, as duas equipes começaram no 4-2-3-1:
Atlético e Santos no 4-2-3-1
O Santos iniciou a partida fazendo uma blitz pra cima do Atlético. O Peixe pressionou desde a saída de bola rubro-negra, todos os jogadores estavam apresentando alta intensidade de marcação, a curta compactação da equipe em situação ofensiva favorecia os desarmes alvinegros (no total, o Santos roubou 30 bolas do Atlético, sendo que Cicinho e Mena foram quem mais desarmaram com seis e sete vezes, respectivamente) e, assim, o Furacão não conseguia sair do campo defensivo.
Aos poucos, o Atlético foi diminuindo o ritmo da partida através da sua troca de passes. Tanto que o Furacão realizou 329 passes certos, nos 90 minutos, enquanto que o Peixe fez 228. Para que estes passes pudessem ser feitos, João Paulo e Deivid recuavam para fazer o seu time sair jogando enquanto que Suelinton e Natanael subiam simultaneamente para explorar as costas das deficitárias marcações de Thiago Ribeiro e de Robinho. Porém, o camisa 7 saiu machucado, aos 30 do primeiro tempo. Para o seu lugar, entrou Rildo.
Com Rildo, o Santos passou a marcar melhor
Com Rildo, o sistema defensivo santista se organizou melhor no 4-4-1-1 e conseguiu neutralizar as saídas curtas rubro-negras. Através da melhora do sistema defensivo e o ofensivo sendo revigorado, o Santos fez o seu primeiro gol, aos 44, com Leandro Damião.
No intervalo, Doriva colocou Douglas Coutinho no lugar de Marcos Guilherme. Através desta substituição, o Atlético passou a atacar melhor, mas passou a se defender pior. Para compensar essa piora do sistema defensivo, Doriva fez com que o Furacão voltasse pressionando desde a saída de bola do Santos, realizando troca rápida de ação de jogo, a compactação do time subiu e, assim, os meio-campistas rubro-negros passaram a desarmar mais facilmente. Destaque para Deivid, o jogador do Atlético que mais desarmou, com 6 roubadas de bola.
Porém, em um contra-ataque, o Santos fez o segundo gol, aos 21 da segunda etapa. Em resposta deste segundo gol sofrido, Doriva colocou Dellatorre no lugar de Bady. Depois desta substituição, o Atlético passou a jogar muito pelos lados do campo e tendo somente em Sueliton e Natanael para fazerem a saída de bola.
Pelo heatmap, observa-se o tanto que o Atlético teve a bola pelos lados do campo.
Com o passar do tempo, o sistema defensivo do Santos começou a se cansar e, assim, a se descompactar em campo. Devido aos maiores espaços cedidos pelo time, Oswaldo de Oliveira colocou o volante Souza no lugar de Leandro Damião, aos 38. Através desta substituição, o Peixe passou a jogar no 4-3-3 e a se defender com mais jogadores.
As entradas de Otávio pelo Atlético, aos 31 do segundo tempo, e a de Stéfano Yuri pelo Santos, aos 44 da segunda etapa, pouco alteraram a partida taticamente. Com isso, o Furacão terminou no mesmo 4-2-3-1 que iniciou, e o Peixe no 4-3-3.
Atlético no 4-2-3-1 e Santos no 4-3-3