21 ago 2014 - 7h00

Análise do jogo: A ousadia custou caro

Em sua terceira derrota em sete jogos no comando do Atlético, Doriva não conseguiu jogar contra o Santos de Oswaldo de Oliveira. O placar de 2 x 0 para a equipe paulista demonstrou a diferença de estágio dos dois times. Para a partida na Vila Belmiro, as duas equipes começaram no 4-2-3-1:

Atlético e Santos no 4-2-3-1

O Santos iniciou a partida fazendo uma blitz pra cima do Atlético. O Peixe pressionou desde a saída de bola rubro-negra, todos os jogadores estavam apresentando alta intensidade de marcação, a curta compactação da equipe em situação ofensiva favorecia os desarmes alvinegros (no total, o Santos roubou 30 bolas do Atlético, sendo que Cicinho e Mena foram quem mais desarmaram com seis e sete vezes, respectivamente) e, assim, o Furacão não conseguia sair do campo defensivo.

Aos poucos, o Atlético foi diminuindo o ritmo da partida através da sua troca de passes. Tanto que o Furacão realizou 329 passes certos, nos 90 minutos, enquanto que o Peixe fez 228. Para que estes passes pudessem ser feitos, João Paulo e Deivid recuavam para fazer o seu time sair jogando enquanto que Suelinton e Natanael subiam simultaneamente para explorar as costas das deficitárias marcações de Thiago Ribeiro e de Robinho. Porém, o camisa 7 saiu machucado, aos 30 do primeiro tempo. Para o seu lugar, entrou Rildo.

Com Rildo, o Santos passou a marcar melhor

Com Rildo, o sistema defensivo santista se organizou melhor no 4-4-1-1 e conseguiu neutralizar as saídas curtas rubro-negras. Através da melhora do sistema defensivo e o ofensivo sendo revigorado, o Santos fez o seu primeiro gol, aos 44, com Leandro Damião.

No intervalo, Doriva colocou Douglas Coutinho no lugar de Marcos Guilherme. Através desta substituição, o Atlético passou a atacar melhor, mas passou a se defender pior. Para compensar essa piora do sistema defensivo, Doriva fez com que o Furacão voltasse pressionando desde a saída de bola do Santos, realizando troca rápida de ação de jogo, a compactação do time subiu e, assim, os meio-campistas rubro-negros passaram a desarmar mais facilmente. Destaque para Deivid, o jogador do Atlético que mais desarmou, com 6 roubadas de bola.

Porém, em um contra-ataque, o Santos fez o segundo gol, aos 21 da segunda etapa. Em resposta deste segundo gol sofrido, Doriva colocou Dellatorre no lugar de Bady. Depois desta substituição, o Atlético passou a jogar muito pelos lados do campo e tendo somente em Sueliton e Natanael para fazerem a saída de bola.

Pelo heatmap, observa-se o tanto que o Atlético teve a bola pelos lados do campo.

Com o passar do tempo, o sistema defensivo do Santos começou a se cansar e, assim, a se descompactar em campo. Devido aos maiores espaços cedidos pelo time, Oswaldo de Oliveira colocou o volante Souza no lugar de Leandro Damião, aos 38. Através desta substituição, o Peixe passou a jogar no 4-3-3 e a se defender com mais jogadores.

As entradas de Otávio pelo Atlético, aos 31 do segundo tempo, e a de Stéfano Yuri pelo Santos, aos 44 da segunda etapa, pouco alteraram a partida taticamente. Com isso, o Furacão terminou no mesmo 4-2-3-1 que iniciou, e o Peixe no 4-3-3.

Atlético no 4-2-3-1 e Santos no 4-3-3



Últimas Notícias

Brasileiro

Fazendo contas

Há pouco mais de um mês o Athletico tinha 31 pontos, estava há 5 da zona de rebaixamento e tinha ainda 12 partidas para fazer.…

Notícias

Em ritmo de finados

As mais de 40 mil vozes que acabaram batendo o novo recorde de público no eterno estádio Joaquim Américo não foram suficientes para fazer com…

Brasileiro

Maldito Pacto

Maldito pacto… Maldito pacto que nos conduz há mais de 100 anos. Maldito pacto que nos forjou na dificuldade, que nos fez superar grandes desafios,…

Opinião

O tempo é o senhor da razão

A famosa frase dita e repetida inúmeras vezes pelo mandatário mor do Athletico, como que numa profecia, se torna realidade. Nada como o tempo para…