Petraglia lamenta campanha em 2014: "Esperava mais"
O presidente do Conselho Administrativo do Atlético, Mário Celso Petraglia, esperava mais da equipe em 2014. Em entrevista ao programa Camarote FC, do Canal Premiere, o mandatário rubro-negro afirmou que a expectativa era de alcançar a mesma campanha do ano passado. Em 2013, o Furacão chegou à final da Copa do Brasil e terminou o campeonato na terceira posição, conquistando uma vaga na Libertadores. Já na temporada atual, caiu nas oitavas-de-final e, por enquanto, ocupa a oitava colocação, com 50 pontos, no Brasileirão.
"Como o futebol não é uma ciência exata, você planeja, você programa, para o exercício. Claro que a gente esperava sempre mais, sempre busca. Mesmo em 2013, nós iniciamos com um time modesto, havíamos subido da segunda divisão em 2012 e chegamos aonde chegamos. Então, iniciamos este ano também na expectativa também de fazer uma campanha próxima à do ano anterior, mas perdemos alguns jogadores do grupo do ano passado e não tivemos condições de repor os mesmos níveis, o custo do futebol está altíssimo estávamos investindo fortemente em patrimônio, então optamos por promover os meninos formados na casa", declarou.
Petraglia avalia que o as trocas de treinadores durante o ano influenciaram para a queda de produção do ano passado para cá. Segundo ele, o espanhol Miguel Ángel Portugal teve "um choque de cultura" e não conseguiu se adaptar ao futebol brasileiro.
"Iniciamos muito bem, daí tivemos a paralisação para a Copa do Mundo e também aconteceu um fato, que nós tínhamos trazido um treinador europeu, espanhol para uma primeira experiência. Sempre somos muito vocacionados a trazer profissionais de fora, trazer pessoas com outra cultura, com outro conhecimento. Como nossa avaliação hoje é de que os técnicos do Brasil são sempre os mesmos, as novidades são muito raras, com o pessoal começando, ele (Miguel Ángel Portugal) não quis permanecer, houve um choque de cultura muito grande como se ministra futebol em todos os sentidos na Europa. O nosso jogador não tem a mesma visão, a mesma forma, a mesma cultura. Então, ele pediu para sair. Chegou para mim, olha presidente, vou me embora porque acho que não posso lhe ajudar porque meus métodos, minha forma de agir vai ter um conflito muito grande. De fato, já havia acontecido alguns problemas internos, o pessoal se revoltando, achando que ele era rígido demais, que obrigava o pessoal a se pesar todo dia, eliminou qualquer tipo de doces, e o controle dos treinamentos de manhã e de tarde, a parte de alimentação rígida. Uma série de posições que, na Europa, são normalíssimos, e aqui houve uma certa reação. Houve a descontinuidade do nosso trabalho", disse.
Após a saída do espanhol, o Atlético contratou Doriva, ex-Ituano, que não teve muito sucesso. Com isso, a diretoria buscou o técnico Claudinei Oliveira no Paraná Clube. O Furacão estava na parte de baixo na tabela e subiu, mas ficou longe do G-4.
"Aí contratamos outro técnico brasileiro (Doriva) e não fomos felizes. Não se adaptou dentro da nossa visão, da nossa política. Houve um descompasso e caímos. Mudamos de novo e retomamos. Tivemos essas vitórias seguidas que nos deram a tranqüilidade para sairmos dessa confusão, né? Estamos aí, no meio da tabela, mas gostaria de estarmos mais acima", concluiu.