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16 maio 2005 - 12h16

O ontem e o hoje

Vocês lembram de como éramos a uns 15 anos atrás? Em 1987 eu fui ao meu primeiro jogo do Furacão sem o acompanhamento do meu pai que até então era meu fiel escudeiro, meu pai adorava ir à Baixada, mas acontecimentos como aquele jogo contra o Flamengo em 1983 e depois o fechamento da Baixada, ficou desgostoso com a politicagem no futebol e ia raramente aos jogos no Pinheirão. Eu com 12 para 13 anos assisti a partida contra o Guarani pela extinta Copa União, o jogo acabou 1 x 1 e o Atlético ganhou nos pênaltis.

Em 1988 vi o Furacão ser campeão contra o extinto Pinheiros, em 1990 estava no Couto Pereira vibrando com o gol contra do Berg e com a conquista do título.

Mas onde eu quero chegar puxando pela memórias esses fatos. Eu na condição de adolescente e de apaixonado pelo Atlético não deixava de ir a um jogo em nossa capital, hoje as coisas são diferentes quase não sobra tempo nem dinheiro para acompanhar os jogos do Atlético.

Eu vi de tudo no Pinheirão. Naquela época quando empate contra os chamados grandes do nosso futebol era comemoração a semana toda (isso já foi comentado no fórum por muitas pessoas), hoje em dia um empate com o Santos em casa, por exemplo, é considerado um mal resultado.

Eu vi o Atlético jogar contra Matsubara, Platinense (e que timinho encardido era aquele!), Barra do Garça, Novo Horizontino, Catuense e outros que se for enumerar vou demorar um monte de tempo, sempre achei o Pinheirão uma perda de tempo, eu era muito novo e não sabia da força da Baixada que meu pai tanto comentava.

As coisa mudaram e em 1995 quando fomos campeões da 2º Divisão, quando o atual Presidente do Conselho Deliberativo Sr. Mário Celso Petraglia assumiu o Atlético tudo começou a ser modificado. Mudanças até então ótimas para a torcida, pois imaginem que agora estávamos novamente na elite do futebol brasileiro e recuperando nosso espaço regional e nacional. Hoje se empatamos em casa com qualquer adversário, seja ele bom ou ruim, os protestos são enormes e muitas vezes infundados.

Pulando alguns anos e alguns títulos também, em 1999 conquistamos o Torneio Seletivo, lembro bem dos dois últimos jogos. No primeiro dia 18/12/1999 dia do meu casamento, goleamos o Cruzeiro em casa (3 x 0), e a outra partida, estava em lua-de-mel em Camboriú na quarta-feira à tarde e a minha camisa do Furacão foi usada com muito orgulho na Avenida principal do Balneário. Chegávamos a primeira vez a Copa Libertadores da América.

Em nossa maior conquista o título brasileiro de 2001, a nossa torcida era temida por todos, o nosso estádio era símbolo de alegria, de paixão e de fervor, quando a coisa apertava, a torcida empurrava o time para as vitórias. Chegamos a nossa segunda Copa Libertadores, que em 2002 foi um fracasso.

De lá pra cá, todo início de ano é a mesma coisa, técnicos novos e desconhecidos, caíram de pára-quedas no CT do Caju e não conseguiram se manter em seus cargos, jogadores até então desconhecidos foram revelados e encheram os cofres do Clube.

Em 2004, as coisas começaram daquele jeito para o Furacão, perdemos o título do Campeonato Paranaense para nosso maior rival dentro da Arena, os preços dos ingressos foram majorados em 100%, briga na justiça por preços mais justos e coisa e tal.

A minha indignação fica por conta dos adereços e dos instrumentos de percussão que foram proibidos de adentrar a Kiocera Arena, a simples desculpa que atrapalhava que usava os camarotes era mentira pois ninguém usava aqueles camarotes, o que tirou as organizadas de dentro da Baixada foi a arrogância e o egoísmo do Presidente do Conselho Deliberativo, e claro, a falta de diálogo entre eles. Como já escrevi uma vez, não conheço a diretoria do Atlético, muito menos a diretoria dos Fanáticos, não vou aqui defender nem um e muito menos o outro, só sei que quem sai perdendo com essa briguinha ridícula é a instituição chamada Clube Atlético Paranaense.

Tudo se acalmou com a campanha no Brasileiro e eu não precisei nem ouvir as últimas declarações do Sr. Petraglia para saber que o Levir Culpi foi o culpado pela perda do título, para mim, o termo “covarde” é o mais adequado para o Sr. Levir Culpi que simplesmente entregou o título de mão beijada para o Santos.

Esse ano as coisas começaram ruins, chamado para assumir o comando técnico Casemiro Mior não conseguiu dar ritmo de jogo a um time totalmente desfigurado (o time de 2004 foi praticamente desmontado), caiu na semana da última partida do Campeonato Paranaense, assumiu Edinho Nazareth, ganhamos o clássico, conquistamos o título, ganhamos duas partidas na Libertadores e depois disso caímos na nossa dura realidade novamente, perdemos três partidas seguidas no Campeonato Brasileiro e fomos humilhados na última partida primeira fase da Libertadores, nos classificamos por incompetência do América de Cali que perdeu para o Libertad do Paraguai em casa. Caiu Edinho Nazareth, nessa mesma semana uma entrevista coletiva convocada pelos dois Presidentes do Atlético veio acirrar ainda mais os ânimos de torcedores, jornalistas, dirigentes, enfim, todos que respiram o ar no e do Clube Atlético Paranaense.

Muita coisa foi jogada no ventilador, muitas verdades, muitas inverdades, muita choradeira por parte da diretoria, se dizendo perseguido o Sr. Mário Celso Petraglia quis de uma forma única que só ele possui (quem sabe a arrogância dele bata de frente com a arrogância do Sr. Eurico Miranda do Vasco da Gama) impor regras novamente, berrava, gritava e agredia verbalmente a imprensa e a torcida do Atlético. Não concordo com a maneira que ele se dirige a torcida do Atlético, acho que a torcida do Furacão merece respeito e não é por causa de meia dúzia de baderneiros que todos devemos ser responsabilizados pela má campanha do time.

Não concordo com esse movimento que quer tirar o Sr. Mário Celso Petraglia do comando do time, ele e sua equipe (de assistentes e diretores) são os únicos responsáveis por sermos tão respeitados internacionalmente assim, mas arrogância e egoísmo tem seu preço e ele está pagando pela sua língua afiada.

Ontem um movimento “Fora Petraglia” foi criado pelo oportunista Sr. Doático dos Santos (também não o conheço e nem quero conhecê-lo), mais uma vez ele vem tentando colocar a torcida do Atlético contra seus comandantes (nas eleições de 2004 ele tentou se eleger, mas foi em vão). Para mim isso nada vai adiantar, não assino protesto nenhum e repudio uma atitude dessas que em vez de engrandecer o clube só tende a criar mais confusão. Os torcedores que pagam ingresso tem direito de exigir pelo menos raça do time que é tecnicamente é muito fraco, se for para vaiar o mais correto é esperar o jogo acabar e vaiar, mas durante o jogo o apoio da torcida será fundamental para nos recuperarmos e para passarmos para a próxima fase da Copa Libertadores da América.

E para encerrar todos devemos colocar a mão na consciência e ver se o que estamos fazendo é o melhor para o clube, para o time e para nós torcedores, um pouco de diálogo civilizado deve acalmar as coisas, apesar de eu achar que isso ainda vai demorar para acontecer. Hoje somos lanternas do mesmo campeonato que fomos vice o ano passado e daqui a dois dias temos um jogo decisivo pela Copa Libertadores da América, precisamos unir esforços para tirarmos o Furacão desse buraco sem fim onde ele se meteu.



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