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29 out 2006 - 17h53

Admiráveis preocupações

Soube que o Dagoberto foi ou será reintegrado ao elenco principal e ficará à disposição do Vadão. Isso é um fato. Se ele jogará, aí já é uma hipótese. Uma hipótese bem remota. Isso não é um problema que teremos de resolver. Apesar de tudo, ele ainda é um atleta nosso, e como tal, ainda deve ao Clube Atlético Paraná, parte do altíssimo valor investido na carreira desse menino ingrato. Por todo o amor que lhe foi dedicado, ele ainda deve muito.

Preocupa-me, porém, definir em qual posição Dagoberto entraria em nosso time. Não há como tirar o Marcos Aurélio e o Denis Marques do time. Com essa afirmação já sobra o Paulo Rink, que quando entra em campo, incendeia o jogo com seus passes precisos e seu enorme carisma.

Lembram-se dos nossos quartetos mágicos? Pois é, agora está se formando o sexteto mágico: Evanilson, Cristian, Alan Bahia, Ferreira, Marcos Aurélio e Denis Marques.

Tenho cá comigo, algumas preocupações:

Preocupa-me essa silenciosa competição entre o Denis Marques e o Marcos Aurélio. Por que eles estão competindo para ver quem faz os gols mais lindos do campeonato? Impressionante! Nunca vi gols tão lindos como os que tenho visto na Baixada. Emoção assim, só em 1970 diante daquela maravilhosa seleção canarinha. Aquele time jogava brincando, exatamente como está fazendo agora o nosso “El Paranaense”. Que eles continuem fazendo esses gols maravilhosos e dividam entre eles, o prêmio do gol mais bonito.

Preocupa-me pelo lado legal da coisa, se todos os jogadores atleticanos, eu disse todos os nossos jogadores, não estariam jogando dopados. Estariam nessas condições? Nunca vi um time voar tanto em campo. Impressionante! O time estava ganhando de 4 X 0 do nosso freguês do final da Rebouças, já passava dos 43 minutos do segundo tempo e os “meninos” estavam voando, correndo, tentando roubar a bola no campo do adversário. E para desespero dos paranitos, conseguiam roubar as bolas e saíam em desabalada correria, pareciam um “bando de dopados”, completamente turbinados. Todos os elementos envolvidos, desde o Professor Antonio Carlos Gomes ao entregador de chuteiras do Atlético estão todos de parabéns. Tamanho preparo físico salta aos olhos. Um time se comportando dessa forma, poderá até perder um jogo, e mesmo assim, sairá de campo aplaudidíssimo. Impressionante!

Preocupa-me muito também, o que estaria acontecendo com o nosso guapo Cleber. Ele parece intransponível, é uma verdadeira muralha. Quando a bola vem para o nosso gol, não entro mais em pânico. Esse distúrbio instalou-se em mim em Porto Alegre, herdado da síndrome de Erechim, da síndrome do Diego. Há uma confiança tão grande em Cleber que nada e mais ninguém me assusta. Diferente do Pablo Montoya e Tiago Cardoso, os homens das “São tantas emoções”!

Após tantas preocupações, encerro com a preocupação para o próximo ano. Embora sejam remotas as possibilidades de chegarmos a Libertadores da América, eu ainda acredito nisso. Mesmo que não consigamos chegar a esse privilegiado grupo dos 4 mais o Inter, tem-se que falar sobre o planejamento para o próximo ano. Muito cuidado na venda de jogadores, extremo cuidado na reposição de peças que deixarão o Atlético, muita discussão e consenso com todos os setores da diretoria e segmentos das torcidas sobre os valores aplicados para o próximo ano dos ingressos, e a forma de comercialização desses ingressos. Se haverá pacotes ou não. Particularmente, sou contra a venda de pacotes. Sou favorável a uma ampla campanha de angariação de sócios do Furacão ou da Kyocera, com pagamentos mensais, facilidade de acesso a esse plano, podendo pagar os boletos nas lotéricas, desconto em folha de pagamento dos funcionários, na taxa de luz da Copel, preços razoáveis que estimulem o torcedor a ser sócio, e em troca, o torcedor veria todos os jogos que ocorrerão na Kyocera.

Não é assim sempre? Quem escolhe a música, paga o músico e quem escolhe o músico, também deverá pagar a orquestra?

Esse negócio de se dizer atleticano, que ama o Atlético e não contribuir para o clube, para mim, é “conversa para boi dormir”. O amor tem de ser responsável. Há um grande projeto pela frente. Há o projeto de finalização da Kyocera Arena sem se descuidar nem um pouquinho do nível de qualidade da parte de futebol do time atleticano. É fácil? Claro que não, mas se todos nós trabalharmos juntos, unidos em prol de um objetivo primordial e único, o bem do Clube Atlético Paranaense, seremos imbatíveis. Estaremos no topo do futebol nacional, sul-americano e prontos para conquistar, também, o velho continente. Sou um atleticano feliz, graças a Deus!

Ah! Dagoberto não estava errado em sua pretensão explicitada na petição inicial do processo de indenização dos danos causados à carreira dele. Ele só errou o nome do réu. O nome do réu deveria ter sido MASSA SPORTS e não clube Atlético Paranaense. Em toda minha vida vendo as coisas de futebol, nunca vi uma carreira de jogador ser tão prejudicada como foi a do Dagoberto em consequência de má gestão e procedimentos errados como foram esses que a MASSA SPORTS tomou com relação à administração da carreira do menino Dagoberto. Hoje, ele poderia ser titular da seleção brasileira, poderia estar jogando na Europa, e no entanto o que se vê?

Vejo Dagoberto perdendo espaço na mídia, perdendo lugar no time atleticano que tem uma capacidade invejável de garimpar novos talentos. Imagino como deve estar a cabeça desse rapaz. Acorda menino, corre em direção à massa que tanto o amou. Mas, antes de correr para a massa, passe no escritório do Petraglia, converse um pouco com ele, sem intermediários, e seja feliz. No seu caso, posso lhe garantir, pelo menos da minha parte, estou com o Petraglia, assim como a grande maioria da nação atleticana. Ninguém que queira prejudicar o Atlético como a MASSA SPORTS fez, deverá ficar impune.

O Atlético é muito mais que um time de futebol. Por trás do Atlético, há mais de 80 anos de somatória de mentes brilhantes, corações apaixonados, há um ser diferente dos demais, e isso é transportado de gerações para gerações.

Isso não se derruba facilmente. É bem melhor nadar ou remar no mesmo sentido que o CLUBE ATLÉTICO PARANAENSE.



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