Não foi nenhuma oitava maravilha do mundo. Nem mesmo foi algo de excepcional, e tampouco foi tão animador assim, o empate conseguido a duras penas no sábado no Olímpico, mas pelo menos não perdemos. A partida contudo, foi de um nível técnico baixíssimo, o que fez com que pudessemos de certa forma, até equilibrar o jogo com a gauchada. Mas equilibramos simplesmente porque o time deles, embora em terceiro lugar, não é lá essas coisas. Pelas circunstâncias da partida o empate foi benvindo, embora não melhore em nada nossa situação crítica na classificação do campeonato.

Visualizei porém, uma luz no fim do túnel. O time jogou com raça, jogou com garra, que certamente foi motivada pela violência com que jogou o tricolor gaúcho. Se no lance do Alex Mineiro era difícil o árbitro dar o penalti, no lance do Evandro, o árbitro fez vistas grossas. Já no lance do Claiton, me perdoem os críticos contumazes do homem de tranças, mas nem falta foi e se fosse, não era para cartão amarelo. Claro assim, que o árbitro nos prejudicou. Não sei se ganharíamos a partida, até acho que não, mas o árbitro prejudicou o Atlético visivelmente.

Precisamos rapidamente de uma recuperação na classificação, pois daqui pra frente com Flamengo e Corinthians na rabeira, a tendência é que comecem a beneficiá-los e como mantemos uma grande irregularidade e até então não temos atitude, certamente nos prejudicarão mais e mais, a começar pelo próximo jogo. A não ser que tenhamos alguma atitude de time grande, de Atlético Paranaense, de Furacão(coisa que não tivemos até agora, seja em campo, seja na direção) e não de Caparanaense(esse timéco).

Quanto ao time, continuo achando que o Guilherme é muito inseguro. Alterna boas defesas com falhas imperdoáveis e saídas do gol de forma atabalhoada. Já falei do Vagner, goleiro reserva que treina em separado e acho melhor que todos os outros e poderia ter oportunidades. O Danilo já não falo mais, desisto(150 jogos sem expulsão..imaginem porque tomamos tantos gols!). Agora, tenho que o Atletico achou o zagueiro que faltava, ou seja, o menino Rodolfo, melhor que todos que já jogaram por alí. Só espero que o Lopes o mantenha no time e não me traga novamente aquele terrível Gustavo. Deixa o Rodolfo jogar, não faz mal que erre. Mais que os outros que já jogaram, tenho certeza que não errará. O Nei este mal, mas é bom jogador, enquanto que o Edno não tem condições de jogar num time da primeira divisão, me desculpe. Ainda não vi futebol no Valência, mas a sua disposição e voluntariedade foi muito interessante. De outro lado não me empolgo com o Marcelo e o Dinei. Entretanto, embora as indesmentíveis limitações, aplaudo o grupo que desta vez lutou muito e conseguiu um empatezinho.

Vejo ao menos agora, e tomara que não seja tarde, uma luz no fim do túnel, ainda longínqua, mas vejo, com a chegada do Ramon e do Antonio Carlos. Vi aqui na Furacao.com, que o Claudio Pitbull estaria nas cogitações. Opa, se o trouxerem e mais um goleiro e um lateral esquerdo o time pode encorpar.

Veja lá Lopes: Goleiro; Nei, Rodolfo, Antonio Carlos e Lateral esquerdo; Valencia, Roberto(Claiton), Ferreira e Ramon; Alex Mineiro e Claudio Pitbull, parece que muda. E voce amigo atleticano, voce já pensou? sem Jancarlos, Danilo, Gustavo, João Leonardo, Michel, Edno, Alan, Evandro, Dinei, Marcelo, Erandir… , já pensou?

Creio de repente poderíamos visualizar a luz no fim do túnel. Mas pra isso, a nossa diretoria, até aqui inerte e omissa, pra não dizer incompetente, tem que se esmerar, trabalhar rápido, muito rápido, pois tá todo mundo somando ponto e já estão nos nossos calcanhares. Atitude é necessária.

E diante do estado de coisas que se instalou, é preciso urgentemente rever outros conceitos, notadamente o preço do ingresso. Não é possível que sejamos 19º colocados no campeonato no quesito público. É mais uma humilhação que estamos passando. Precisamos da nossa torcida. A diretoria pode ser prepotente, arrogante, ditatorial, mas eles não são burros nem idiotas. Hão que rever tudo, pois afinal, ainda dá pra ver a luz no fim do túnel…ou será o caminho do fim.