O elenco não é fraco
Assisti a um bom jogo ontem na Baixada. Jogo movimentado e disputado do início ao fim. Confesso que fui para o estádio esperando uma goleada, de preferência por mais de cinco gols. Quando abrimos dois a zero, mesmo jogando apenas para o gasto, achei que dali em diante o time jogaria em ritmo de treino e faria tranquilamente mais e mais gols. Ledo engano.
A equipe do Nacional, por mais que não quiséssemos admitir, continuou se portando muito bem taticamente e fez por merecer o empate, ao contrário do Atlético, que é um time com bons valores individuais, mas mal armado.
Nosso problema não é a ineficiência técnica. Desde do gol ao comando de ataque, nossos jogadores jogariam em qualquer time do Brasil. O problema é a forma como nosso querido Geninho vem montando a equipe. Não há articulação de meia cancha. O time não consegue dar continuidade a nenhuma jogada. Foram raras as situações que o time acertou o segundo passe. Vivemos de ligação direta entre defesa e ataque. Além disso, não conseguimos ganhar um rebote da zaga do Nacional. O que acontece é que Valencia, excelente marcador, não sabe sair jogando. Os meias Ferreira e Marcinho, hábeis e rápidos, não são armadores, são atacantes. Ao lado de um bom jogador de área, eles são altmamente produtivos, tanto na preparação de jogadas quanto na finalização. Como armadores e marcadores, entretanto, são ineficientes. Essa ineficiência acarreta uma série de prejuízo para outros setores do time. Tanto os alas quanto os atacantes recebem apenas bolas quadradas; os zagueiros se veem forçados a armar jogadas, deixando a zaga desprotegida ou dando chutões para frente.
Geninho vai ter que sacar um atacante e adiantar Ferreira ou Marcinho. Há uma vaga no meio. Talvez o Pimba possa ocupá-la, já que o Dos Santos não tem rezado direito…