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3 mar 2008 - 18h58

Amor ao clube, cavaleiros do apocalipse e teorema de tostines

A dor maior é de nunca saber se esse time do começo de 2008 era realmente um Furacão. Jamais saberemos. Entrou para a História. Literalmente, pois já não existe mais.

Tentar adivinhar até onde vai é exercício de futurologia que não leva a nada. Não sabemos se ganharemos o estadual, nem se chegaremos enfim a uma semi de Copa do Brasil, mas isso pouca importa agora. O time que vimos ganhando 12 vezes seguidas era bom. Muito acima da média. E gostaríamos que ele fosse nosso time por mais tempo. Só isso. Chorar sua perda como quem leva um fora de uma garota linda após tê-la apresentado aos amigos como sua namorada não é demérito algum. Apenas externa o sentimento da perda. Quem chora ou reclama do CAP hoje não ama mais ou menos do que quem acha que a diretoria é perfeita sempre. Mas não esqueçam que a democracia permite, graças a tudo, a divergência de opinião.

Então, “cegos apaixonados” e “senhores do apocalipse”, temos que esperar que o tempo nos diga o que nos sobrou esse ano. Reflitam que uma grande conquista já conseguimos. Somos um dos únicos times que ainda não perdeu em 2008 e, de quebra, fizemos uma festança digna de final de campeonato com a quebra de 49. Se vem o estadual, se vem algo nacional, ou até mesmo sul-americano, não sabemos. Prevíamos que podíamos sonhar com isso com o que tínhamos. Agora, precisamos saber como ficará o carro após o conserto.

Alguns achavam que a saída do Ferreira tinha acabado com o Atlético. O que se viu foi uma reorganização fantástica do elenco o tornando melhor, mais encorpado e coeso. Sem Ferreira, Irênio foi lançado na meia e entrou bem, Netinho assumiu a até então sempre problemática ala esquerda, solucionando o problema. Jancarlos estava fazendo uma de suas melhores temporadas, mas infelizmente resolveu sair. Alan Bahia jogando como nunca com a sombra de Valencia e vice-versa. A zaga marcando gols e defendendo muito as traves do excelente Vinicius. Na frente, Marcelo Ramos um grande marcador de gols achou no jovem William um grande parceiro. O time realmente estava voando.

A superioridade era tanta que o segundo volante, Claiton, em muitas partidas atuou como 3º atacante ou mesmo como ponta direita, não fazendo falta na cobertura da zaga. Isso é passado. Pensemos no futuro. Ou melhor, que Ney Franco pense no futuro. Ele perdeu a arma laser, mas ainda tem o gran chaco e o soco inglês. O jogo continua. Para a alegria dos distímicos e dos amauróticos que preenchem junto com os outros tantos “doentes” a massa fanática atleticana.

Aproveitando a polêmica, lanço a pergunta tostines: teria o CAP segurado seus bons jogadores se não os tivesse colocado para jogar o Estadual desde cedo? Estaríamos embalando agora, como os outros epicondilíticos co-habitantes desta capital. Por outro lado, não teríamos atingido tamanha exposição nacional, o que jamais traria propostas de quilate para levar nossos jogadores. O que preferir?

Por fim, minha única crítica. A venda do sócio-furacão é o objetivo maior do CAP esse ano. Marketing igual ao atingido pela associação do ótimo futebol apresentado nas primeiras doze rodadas + quebra de recorde + resgate da história de 49 + mega-exposição na mídia + vídeos no YouTube dos pré-jogos jamais teremos. Que hora para se ter um bug de computador, hein?

Essa é a única razão que encontro para cobrar de Ney Franco e comandados o mesmo bom futebol que nos acostumamos a ver até aqui em 2008. Amém.



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